Treino de gestão para quadros

in Expresso, 5 de Julho 2014

O Grupo Nors apoia equipas em Portugal e no Brasil com o objetivo de desenvolver competências técnicas e comportamentais nos seus colaboradores.

Com a participação no Global Management Challenge, o grupo português Nors espera que os seus colaboradores tomem decisões de topo, analisem indicadores económicos e financeiros, aprendam a trabalhar em equipa e obtenham uma visão mais alargada e estratégica do funcionamento de uma empresa. Para este grupo, a competição funciona como um treino de competências de gestão para quadros e por isso, depois de ter começado por apoiar a inscrição de equipas em Portugal no ano de 2011, optou por alargar a participação também ao Brasil.

Com mais de 80 anos de história o grupo Nors – a nova designação do grupo Auto-Sueco, está presente em 24 países e conta com mais de quatro mil colaboradores. Carla Teixeira, diretora de capital humano e comunicação corporativa do grupo explica que “assumindo a mais-valia do treino das competências técnicas e comportamentais que esta competição exige, incentivamos ano após ano a participação dos nossos colaboradores”. Começaram por apoiar equipas em Portugal e fazem-no também agora na edição brasileira, perspetivando a participação nesta iniciativa como uma aposta no desenvolvimento organizacional do grupo.

A escolha dos colaboradores para integrar este desafio tem recaído em jovens com formações diversas, como por exemplo a área da gestão, recursos humanos, direito, psicologia, economia, entre outras. A diretora de capital humano espera que os seus quadros possam através da participação na prova “desenvolver algumas soft skills que são essenciais nos dias de hoje. Além disso poderão aprender ou aperfeiçoar a trabalhar em equipa, analisar projetos, definir estratégias e tomar decisões”. Acredita que são qualidades que não são suficientemente desenvolvidas na maioria das universidades, apesar de serem úteis ao desempenho e crescimento profissional.

Novos saberes
Na prática e através da participação na competição, o grupo Nors espera que os seus quadros desenvolvam novas competências de gestão, conhecimentos na área da gestão industrial, financeira e de recursos humanos e, desenvolvam o planeamento a médio e longo prazo adotando uma visão estratégica ao nível da gestão empresarial. Carla Teixeira considera que ao tomarem decisões de topo no âmbito da empresa virtual que gerem os participantes têm a possibilidade de analisar indicadores económicos e financeiros, ganham uma visão mais alargada e estratégica de uma empresa, compreendem a interação entre as diferentes áreas funcionais e o impacto que as suas decisões podem ter numa organização, tendo sempre em conta as condicionantes no mercado em que competem. “As competências adquiridas poderão tornar os colaboradores mais eficazes no desempenho das suas atividades, no âmbito das funções que exercem atualmente e até torná-los mais aptos a abraçar novos desafios dentro da Nors”, acrescenta.

A primeira volta do Global Management Challenge em Portugal terminou esta semana com a seleção das equipas que vão disputar a segunda volta agendada para setembro. As formações apoiadas pelo grupo Nors não passaram à segunda fase. Em relação ao Brasil a edição deste ano ainda não começou e está tudo em aberto. Às equipas que continuam em prova em território nacional Carla Teixeira explica que “a autodisciplina, motivação, visão estratégica, trabalho de equipa e a coesão são fatores fundamentais para o sucesso”.

Este desafio nasceu há 35 anos em Portugal, está presente em mais de 30 países e já envolveu meio milhão de pessoas. A diretora de capital humano da Nors acredita que a competição é condição do mundo de hoje, seja entre empresas, mercados ou pessoas. “Ter uma ferramenta que simulando a realidade cria oportunidade de treino de desenvolvimento de competências individuais e de equipa, é por si só um fator de sucesso. O facto desta prova proporcionar oportunidades sociais e network, com forte ligação com os principais meios de comunicação social de cada país potenciam o seu crescimento e o seu valor em qualquer país onde atue”, finaliza Carla Teixeira.

LÍDERES NA 2ª VOLTA
As equipas tomaram esta semana a quinta e última decisão da primeira volta do Global Management Challenge 2014 e as que atingiram a liderança do seu grupo — cujos nomes são divulgados na tabela publicada no pdf (abaixo) — passam à segunda volta, agendada para setembro. Na próxima etapa e das 64 equipas que vão competir, 32 são de quadros, 29 de estudantes e três mistas.

Prova reúne meio académico com empresarial

Nuno Guilherme integrou este desafio nos anos 90 e aqui aprendeu que são diversas as variáveis que confluem para o resultado de uma decisão.

O Global Management Challenge foi para Nuno Guilherme, atual diretor-geral da Indra em Portugal, uma experiência formativa. Conta que teve a oportunidade de aplicar conhecimentos numa simulação próxima do real, de verificar a relevância de vários intervenientes no impacto das decisões e de validar a importância do trabalho de equipa para se obterem resultados.

A participação de Nuno Guilherme, de 42 anos, na competição remonta ao início dos anos 90. Integrou duas edições e relembra em particular “a imensa mobilização que já nessa altura a iniciativa conseguia, reunindo o meio académico com o empresarial, mas bastante abrangente no tipo de perfis e origens dos estudantes que participavam”.

Para a tomada de decisão a sua equipa fazia longos serões e só chegava a consenso depois de horas de acesas discussões e inúmeras folhas de cálculo. “O Global Managament Challenge trouxe-nos um contacto, ainda que ligeiro, com a aplicação das matérias que estudávamos ao mundo real. Sobretudo trazia–nos, por vezes de forma muito cruel, a consciencialização de que o resultado a cada jogada, como na realidade das empresas, dificilmente é o que podemos prever no plano, seja pelo efeito da ação das outras equipas que connosco jogam, seja pela introdução dos imprevistos que o jogo impõe”, explica Nuno Guilherme. Acrescenta que na competição, uma greve inesperada, pode deitar a perder o que se pensava ser uma jogada perfeita.

Aprendizagens
Ainda em relação ao que aprendeu nesta prova, Nuno Guilherme conta que percebeu a relevância do processo de recolha de informação e de opiniões diversas para uma boa base de sustentação da decisão e saiu reforçada a sua convicção da relevância do trabalho de equipa para se obter resultados. “O tempo que tínhamos disponível, bem como a complexidade das jogadas, exigiam que trabalhássemos em equipa”, salienta.

Desde a sua participação até agora, Nuno Guilherme considera que o Global Management Challenge evoluiu.“Não me refiro apenas ao jogo em si que hoje em dia valoriza aspetos que nos anos 90 ainda não eram explorados, como as questões da globalização, comunicação ou mesmo ambientais, mas refiro-me ainda ao tamanho da competição que ao assumir as dimensões que já tem a nível global, lança desafios francamente motivadores para as equipas”, salienta. A sua capacidade de mobilização é cada vez maior e mais abrangente e a internacionalização melhorou-a. Nuno Guilherme acredita que “o eixo de globalização é também fundamental na aproximação do Global Management Challenge à realidade empresarial, onde há que estar preparado, em qualquer sector, para saber lidar com a diversidade de formas de fazer e gerir negócios, mundo fora”.

Maribela Freitas

Veja o artigo publicado no Expresso: (clique aqui)

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