Promover a reinserção no mercado de trabalho

in Expresso, 21 de Junho 2014

A Randstad e o IEFP inscreveram na prova 13 equipas de desempregados.

A multinacional de recrutamento Randstad aliou-se ao Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) numa acção inédita. Convidaram desempregados com licenciaturas inscritos no IEFP a formarem equipas para participarem no Global Management Challenge. Para os membros destas equipas esta é uma experiência que lhes permite abraçar novos desafios e aumentar a possibilidade de regressar ao mercado de trabalho. “Esta participação dá-nos a oportunidade de sermos confrontados com um novo desafio profissional, ainda que em situação de simulação. Mostra também o interesse em estarmos perante novas situações de aprendizagem, a disponibilidade para desenvolvermos contactos e a vontade de estarmos envolvidos em novos projetos”, explica Jorge Matos, líder da equipa Randstad/IEFP4Game, formada por cinco elementos com qualificações na área da psicologia, relações públicas e gestão e idades compreendidas entre os 40 e os 46 anos. Outro dos aspectos que valorizam é a possibilidade de conhecer e trocar experiências com outras pessoas. “É uma ferramenta que nos ajuda a manter uma ligação forte à atividade profissional”, frisa Jorge Matos.

Adquirir novos saberes
Paulo Sousa, líder da equipa Randstad/IEFP/E3JP, formada por cinco elementos da área da engenharia e gestão e idades compreendidas entre os 34 e os 52 anos acredita que este desafio é um espaço de aprendizagem. “O Global Management Challenge permite abraçar um desafio único, adquirindo e fortalecendo as nossas competências de gestão, aproveitando a oportunidade para nos darmos a conhecer, aumentando a nossa visibilidade e a possibilidade de regressar ao mercado de trabalho com novos conhecimentos”. Acredita que a equipa que lidera, através do seu desempenho, pode demonstrar que a experiência e a maturidade são importantes no sucesso das empresas, tendo em conta que o conhecimento adquirido facilita a transposição de obstáculos que surgem diariamente nas organizações. “Os resultados que esperamos atingir na prova permitem demonstrar que temos competências que podem ser diferenciadoras no momento da escolha dos candidatos a novos projetos”, finaliza Paulo Sousa.

Mais-valia curricular
Para Catarina Horta, responsável pela área de responsabilidade social corporativa da Randstad Portugal a participação no Global Management Challenge é uma mais-valia para qualquer curriculum vitae. “Como empresa de recursos humanos incentivamos a que as pessoas que procuram emprego se mantenham ativas e que valorizem o seu currículo nesta fase de transição”, refere. Na perspectiva de quem está à procura emprego este é um desafio que exige tempo e dedicação e em paralelo possibilita também o treino de competências técnicas e comportamentais.

Jorge Gaspar, presidente do conselho diretivo do IEFP, não tem dúvidas que com esta parceria com a Randstad Portugal “estamos a dar mais um passo, entre muitos, neste esforço nacional de resposta ao que julgo ser unanimemente reconhecido como o principal problema social do país: o desemprego”. Acrescenta que associar o conhecimento à prática e experiência é um dos métodos mais eficazes que contribuem para o desenvolvimento e aperfeiçoamento das competências de um indivíduo e, por essa via, melhorando as suas perspetivas de reintegração e carreira profissional.

EQUIPAS MANTÊM POSIÇÕES
Faltam apenas duas decisões para o final da primeira volta do Global Management Challenge e as equipas tentam manter-se a todo o custo na liderança dos seus grupos. Tanto assim é que, esta semana, e após a tomada da terceira decisão (ver tabela publicada em anexo), apenas 13 grupos mudaram de líder, sendo que os restantes 51 continuaram com a mesma equipa no topo. Uma prova de que as formações em jogo lutam afincadamente para continuar na chefia dos seus grupos e qualificarem-se para a segunda volta da competição, agendada para finais de setembro. No que respeita a empresas com equipas na liderança, e tal como na passada semana, destaca-se a Portugal Telecom com nove. Segue-se-lhe o Instituto de Emprego e Formação Profissional com seis. Tanto a Caixa Geral de Depósitos como a Iten contam cada uma com cinco formações no topo de grupos. Já a Staples conseguiu quatro.

Um desafio que desenvolve competências

Filipe Gafaniz soma cinco participações no Global Management Challenge e acredita que esta é uma experiência formativa que abre horizontes.

A participação de Filipe Gafaniz no Global Management Challenge deu-se entre os anos de 2007 e 2013. Neste período esteve presente em duas finais nacionais onde a sua equipa ficou sempre em terceiro lugar e teve a oportunidade de acompanhar uma final internacional em Macau, como observador. Conta que integrar a competição permitiu-lhe desenvolver competências, entre elas a capacidade de decidir sob pressão, de trabalhar em equipa e de argumentar para defender os seus pontos de vista. Formado em engenharia civil pelo Instituto Superior Técnico, Filipe Gafaniz, de 30 anos, já trabalhou em Portugal e no estrangeiro no ramo da engenharia e na área das telecomunicações. Prepara-se agora para uma nova etapa profissional. Em setembro vai começar um MBA em Xangai e por isso está ausente desta edição da competição. Numa análise às suas cinco participações revela que “este desafio permitiu-me desenvolver várias competências, nomeadamente a capacidade de gestão, o espírito de grupo, o trabalho em equipa e decidir sob pressão, especialmente nas finais nacionais. No fundo acredito que esta prova fez com que aprendesse novos conceitos e colocasse em prática outros que já possuía. Posso dizer que no meu currículo vem lá referido os dois terceiros lugares obtidos em finais nacionais”. Este antigo participante conta ainda que o Global Management Challenge, organizado pelo Expresso e a SDG, ensinou-lhe a ceder e a justificar os seus pontos de vista perante a equipa, o que desenvolveu a sua capacidade de argumentação.

Como vencer na prova
Com a passagem pelo Global Management Challenge Filipe Gafaniz chegou à conclusão de que gerir uma empresa não é um processo muito complexo. “Parece algo impossível e inatingível mas, com decisões racionais e equilibradas é possível ter sucesso no mundo empresarial”, salienta. Às equipas que estão a competir aconselha a que leiam com atenção o manual e que criem uma folha de cálculo que ajuda muito em todo o processo de competição. Analisar muito bem o histórico da empresa com que se vai trabalhar e ler os relatórios são dois aspetos a não descurar. Depois, afirma, “há que tomar decisões equilibradas e definir uma estratégia coerente e racional logo desde o início e, caso seja necessário, fazer pequenos ajustes para corrigir os próprios pontos fracos e atingir os pontos fortes dos adversários”.

Nunca subestimar os outros concorrentes, não cometer excessos e não deixar para a véspera a tomada de decisão, são ainda fundamentais para se alcançar o sucesso na competição. Para Filipe Gafaniz “é impressionante o crescimento desta iniciativa que começou em Portugal com cerca de 100 equipas e que está agora em mais de 30 países”.
Maribela Freitas

Veja o artigo publicado no jornal Expresso: (clique aqui)

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