in Expresso, 17 de Junho 2022
Carlos Costa, professor do ISEG, integrou a competição em 1989, no último ano da sua licenciatura.
Licenciado em Gestão de Empresas, foi no último ano da licenciatura, há 33 anos, que Carlos Costa, professor associado do Departamento de Gestão da Lisbon School of Economics and Management (ISEG), participou em equipa no Global Management Challenge. Recorda a abrangência deste desafio e a complementaridade que dá ao saber académico. Monitor de informática, quadro num banco e numa empresa de consultoria informática foram cargos que Carlos Costa, com 55 anos, desempenhou durante e após a licenciatura. Avançou para a realização de um mestrado no ISCTE e no final deste ciclo ingressou nesta escola como docente de informática e fundou empresas com colegas na área das tecnologias e contabilidade. Em 2002 concluiu o doutoramento em Sistemas de Informação e é atualmente professor no ISEG desde 2017. Na docência tem lecionado e investigado em áreas de informática.
Ponderar as decisões
Da vivência no Global Management Challenge Carlos Costa recorda que “não foi uma participação especialmente bem-sucedida, mas acho que aprendi muito”. Lembra-se de “reunir com os colegas no laboratório de informática e fazermos as nossas simulações utilizando folhas de cálculo. Na altura utilizava-se o Lotus 123”. Para este professor do ISEG, uma competição como esta permite pensar nas consequências das decisões em termos produtivos, de distribuição, de financiamento e nas consequências ao nível do mercado. Acrescenta que o simulador era interessante porque mostrava o comportamento dos empregados e potenciais consequências na produtividade e as decisões eram muito discutidas entre os elementos do grupo. “Com a participação no Global Management Challenge os estudantes podem ter uma perceção mais próxima do funcionamento de uma empresa. Se a equipa for constituída por elementos da empresa e alunos, pode ser uma boa oportunidade para os estudantes aprenderem algumas práticas organizacionais e para as empresas terem informação para futuros recrutamentos ou formar colaboradores num contexto mais lúdico”, salienta o docente.
Desafio abrangente
Na opinião deste antigo participante, esta prova é ainda “abrangente nas decisões que se tomam, uma vez que temos que tomar decisões no contexto das várias áreas funcionais. As unidades curriculares das licenciaturas tendem a ser especializadas em áreas funcionais, como finanças, marketing, recursos humanos ou gestão de operações. Aqui têm de se considerar as diversas áreas em simultâneo e verificar as implicações de decisões operacionais nos resultados ou então no comportamento das pessoas. Este facto ilustra outra das qualidades desta iniciativa: o facto de dar uma boa perspetiva dos impactos das decisões empresariais. O Global Management Challenge é uma boa ferramenta ao alcance quer das empresas quer das universidades, para complementar a formação tradicional”.
Jornalista/Expresso: Maribela Freitas
Foto: DR