in Expresso, 17 de Agosto 2013
João Salvador conta como foi liderar uma equipa mista e o que aprendeu com a sua passagem por esta iniciativa portuguesa.
Três estudantes e dois quadros formaram a equipa Randstad/EyeTrack que integrou a edição de 2013 do Global Management Challenge. João Ricardo Salvador, líder desta formação, explica que a competição foi um momento de aprendizagem onde percebeu como se gere uma empresa e qual o impacto na organização das decisões tomadas. O facto de integrar uma equipa mista potenciou ainda a troca de experiências e de saberes.
A equipa liderada por João Ricardo Salvador integrava três elementos da área da engenharia e apenas dois de gestão e contou com o apoio da Randstad. “A grande mais-valia desta mistura acabou por ser mesmo a constante troca de ideias e argumentos muito distintos que advém da diferente formação e posição de cada elemento no que respeita ao mundo do trabalho, pois tínhamos dois jovens a terminar a licenciatura, dois trabalhadores e um doutorando”, comenta João Ricardo Salvador. Acredita que as diferentes perspetivas de cada um permitiram olhar os problemas de ângulos diferentes o que enriqueceu o conteúdo da respostas dadas.
A estagiar na Randstad na área das tecnologias da informação, o contacto que João Ricardo Salvador tinha com o mundo da gestão era apenas o mestrado em gestão que realizou na Nova SBE. “Esta foi uma experiência muito rica para todos. Apesar de não termos passado à segunda volta, aprendemos sobretudo com os erros que cometemos em cada decisão”, salienta.
Ensinamentos para a vida
Entre os vários conhecimentos adquiridos, João Ricardo Salvador salienta que compreendeu que a definição de estratégias não passa apenas pelo traçar de linhas gerais de orientação. É importante ir ao detalhe e é esse mesmo detalhe que faz a estratégia de uma empresa. “Foi uma experiência muito positiva e mais do que a classificação o que levamos deste desafio é tudo o que aprendemos uns com os outros e a certeza de que sabemos muito mais do que antes”, conta o líder da equipa. Daí que recomende esta competição a estudantes e quadros. “Os estudantes ficam a conhecer bem melhor a realidade do mundo do trabalho e para os quadros é uma oportunidade de trocar ideias e de pensar ‘out of the box'”, acrescenta.
Mário Costa, presidente do Grupo Randstad, explica que a sua empresa tem vindo a apoiar o Global Management Challenge porque acredita que é fundamental promover a partilha de conhecimentos para o desenvolvimento de competências pessoais e profissionais. E por isso a empresa tem apoiado a inscrição de equipas diversas, envolvendo clientes e colaboradores, estudantes e quadros. “A mais-valia desta competição está no desafio individual de responder face a um problema, analisar, arriscar e avançar com uma estratégia”, refere Mário Costa. Já a decisão final resulta “de uma partilha de ideias, do confronto e da aprendizagem pelos resultados, sejam bons ou maus e não apenas de conceitos”. No Global Management Challenge os participantes têm de olhar os problemas de frente e analisá-los. Para Mário Costa, esta é uma iniciativa que testa capacidades técnicas e assume-se como um bom teste para quem queira assumir um lugar de liderança.
Maribela Freitas