Decidir sob stresse induz rapidez de raciocínio

in Expresso, 20 de Junho 2015

A Staples Portugal está a participar pela primeira vez na competição com equipas de quadros.

Ao longo dos anos a Staples Portugal tem vindo a apoiar a inscrição de equipas de estudantes na competição. Na presente edição e pela primeira vez está a participar com formações de quadros. O objetivo é desenvolver competências de liderança, criatividade e inovação nos colaboradores, num desafio diferente do dia a dia laboral.

“Esta competição coloca os participantes a pensar de forma estratégica, obriga a que tomem decisões muitas vezes sob stresse, que tenham que ter o conhecimento de diversas áreas de uma empresa e adquiram rapidez de raciocínio, flexibilidade e dinamismo”, explica João Paulo Peixoto, diretor-geral da Staples Portugal. A empresa que dirige está ligada há doze anos a este desafio e na presente edição, além do apoio a equipas de estudantes, formou cinco de quadros, das quais uma passou à segunda volta.

João Paulo Peixoto acredita que os colaboradores que participam na prova ganham a nível do relacionamento pessoal e profissional. Integram equipas multidisciplinares e durante as cinco semanas da primeira volta tiveram a oportunidade de se conhecerem melhor, num ambiente diferente, fora da hierarquia organizacional. “Com este desafio vão desenvolver ainda mais as suas capacidades de liderança, inovação, criatividade, espírito de equipa e excelência”, finaliza João Paulo Peixoto.

Para Pedro Medeiros, Paulo Fonseca, Vanda Santos, Ana Neno e Elisabete Duarte, membros da equipa Staples/Force, participar na competição tem sido um experiência formativa que os fez sair da sua zona de conforto. Não se qualificaram para a segunda volta, mas Pedro Medeiros, na altura em que ficou a par dos resultados da quinta decisão, afirmou que “para o ano há mais”.

Ultrapassar limites

Apesar de serem todos estreantes, Elisabete Duarte já tinha contactado com a prova nos seus tempos de estudante. Depois de ter passado ao longo de cinco semanas pela gestão, embora virtual, de uma organização, comenta que “o jogo é bastante complexo, estamos perante uma empresa virtual no seu todo o que exige muito em termos de pensamento estratégico. É um excelente treino para quadros e temos a oportunidade de tomar decisões num ambiente diferente”.

Para Vanda Santos, o facto da Staples ter apostado nos seus quadros e lhes ter dado a oportunidade de integrarem esta iniciativa mostra uma “valorização dos colaboradores e deu-nos a oportunidade de ultrapassar um pouco o que nos é pedido no dia a dia e que nos motivou”.

Numa análise à competição em si, Pedro Medeiros afirma que “a forma de atuação e a tomada de decisão assenta em modelos muito próximos da realidade do mercado atual onde as empresas se inserem o que nos permite recorrer da nossa experiência profissional, mas obriga-nos a estudar, a tentar ir mais além e isso é desafiante”. Uma opinião corroborada por Ana Neno. Ao contrário dos seus colegas que já passaram por vários departamentos da Staples, o seu trabalho tem-se centrado para já apenas na área comercial.

“Tivemos de sair da nossa área de conforto e pesquisar sobre outros temas. Desenvolvemos competências de trabalho em equipa e adquiri um pouco da visão de topo. Serão inputs que levarei para o trabalho diário”, revela Ana Neno.

Nesta equipa as decisões foram tomadas em conjunto, mas para que isso acontecesse, “muitas vezes tivemos de nos colocar ‘nos sapatos do outro’ e arranjar argumentos para justificar a nossa opinião ou mesmo refazê-la”, salienta Paulo Fonseca. E este é um dos pontos que valoriza da aprendizagem obtida ao longo das cinco semanas de prova.

Uma simulação complexa e inovadora

Em cada uma das várias vezes que Sofia Alçada integrou a competição, encontrou sempre algo de novo neste desafio de estratégia e gestão.

Sofia Alçada é formada em gestão de empresas pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto e sócia da empresa SA Consulting. Participou em mais do que uma edição da prova, ainda esta se chamava Gestão Global e conta que foi uma experiência onde percebeu melhor o que era a gestão e o impacto das suas decisões nos resultados da organização.

“Numa das vezes em que participei formámos uma equipa exclusivamente feminina com o apoio de uma marca de meias chamada Golden Lady. Foi seguramente a vez mais divertida embora não tenhamos obtido o melhor resultado”, relembra Sofia Alçada. Essa participação remonta a 1990/1991 e acrescenta que “o jogo era utilizado como fonte de aprendizagem, dada a riqueza da simulação”.

Destes tempos recorda ainda que as reuniões eram sempre animadas e participadas, com decisões muito discutidas até de madrugada.

Aprendizagem obtida

“Integrar o Global Management Challenge de alguma forma fez-me perceber melhor o que era a gestão, a necessidade de lidar com diversas variáveis em conjunto, o impacto que cada decisão tem no resultado da empresa e no meio envolvente, a importância do trabalho em equipa e a existência da concorrência, muitas vezes feroz, como no mundo real que impactava nos nossos resultados e uma boa decisão por si, não era suficiente para obter um bom resultado final”, explica Sofia Alçada. A título de exemplo refere que numa das edições que integrou, a sua equipa esteve à frente do seu grupo em várias decisões e acabou por ser ultrapassada, tendo terminando em quarto lugar na última jogada.

Sofia Alçada criou há cerca de um ano a sua própria empresa e acredita que a sua veia empreendedora talvez tenha começado a germinar na altura em que integrou o Global Management Challenge, período em que conjuntamente com os colegas de equipa queria fazer vingar as suas ideias e capacidade de gestão.

Um bom desafio

Em jeito de balanço, esta antiga participante revela que “o simulador era sempre um bom desafio, todas as vezes que participávamos. Havia sempre algo inovador de umas edições para outras, para nos baralhar e fazer pensar diferente”. Olhando para os já 36 anos de existência do Global Management Challenge destaca o carácter pedagógico desta iniciativa e a capacidade que teve de se manter interessante e ativa ao longo dos anos. “No meu tempo era o melhor simulador de gestão que se podia utilizar para ganhar sensibilidade acerca do que era a gestão. Atualmente foram incorporadas novas ferramentas, ganhando complexidade e adaptando-se ao que acontece na realidade e essa é a chave de tanto sucesso”, finaliza Sofia Alçada.

Maribela Freitas

Veja o artigo publicado no Expresso: (clique aqui)

 

 

 

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SalvadorMiguel Barata e Helena Picão com António Ramalho (Presidente da IP) e os colegas de equipa Diogo Monteiro, Teresa Gonçalves e Nuno Santos 
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