in Expresso, 14 de Abril 2017
Legenda da foto: Para Ricardo Parreira a dimensão internacional da prova, presente em 30 países, é um indicador do seu sucesso.
Ricardo Parreira, CEO da PHC Software, explica que a passagem pelo Global Management Challenge lhe deu ensinamentos que hoje aplica na gestão diária da empresa que criou há 27 anos.
Nos anos 80, quando estava a estudar gestão na Universidade Católica de Lisboa, Ricardo Parreira participou no Global Management Challenge. Após 30 anos dessa experiência o CEO da PHC Software continua a aplicar o que aprendeu na altura e que continua válido no mundo dos negócios.
Foi há 27 anos, após ter terminado a licenciatura que este antigo participante criou a PHC, uma multinacional portuguesa que se dedica a desenvolver soluções inovadoras de gestão para melhorar a capacidade competitiva das empresas. Conta que resolveu fazer parte da prova, estava ainda a estudar porque a ideia de jogar em grupo e com quantidade elevada de informação lhe parecia aliciante.
Em jeito de balanço conta que “aprendi várias coisas que marcam hoje o meu percurso profissional”. A primeira foi que este era um jogo de gestão mais difícil do que parecia à partida. “Depois o que é o efeito borboleta, ou seja, que uma decisão mínima numa área pode afetar todas as outras e na vida como no jogo é fundamental conseguir-se ligar os diferentes pontos de causa e efeito”, explica. Por fim, retirou outro ensinamento referente à liderança no coletivo, o de que “é muito difícil tomar decisões de grupo sem um líder”, salienta.
Para Ricardo Parreira as dificuldades e desafios obrigam os participantes a ultrapassar barreiras de tomada de decisão muito complexas e podem crescer com esta experiência. “Ser colocado em grupos sem líderes para tomar decisões críticas é uma prova pela qual todo o gestor deveria passar”, frisa. A quem vai integrar a edição de 2017 aconselha a desenvolver uma estratégia muito sólida e a levá-la até ao fim. “É também importante definir na equipa quem terá a decisão final, pois a liderança ajuda a desbloquear processos, permite poupar tempo e será fundamental ao longo deste desafio”, finaliza.
Maribela Freitas