in Expresso, 16 de Dezembro de 2022
A participação de José Pedro Pinto neste desafio deu-se entre 2003 e 2005, no período em que foi estudante de economia.
José Pedro Pinto é CFO da DHL Express Portugal. Licenciado em economia, integrou o Global Management Challenge nos seus tempos de estudante, com o intuito de aprender mais sobre gestão. O percurso profissional de José Pedro Pinto, de 40 anos, iniciou-se na Alemanha, em 2006, com um estágio internacional da AIESEC na DHL Express Global Management. De 2007 a 2010 manteve-se nesta empresa e país, até que surgiu a oportunidade de voltar a Portugal dentro da mesma estrutura empresarial. Em 2022 foi nomeado CFO da DHL Express Portugal. A sua relação com o Global Management Challenge começou nos bancos da faculdade, entre 2003 e 2005, altura em que integrou várias edições.
Olhar para dentro
“O que me levou a participar foi a vontade de ver o lado prático da gestão, para complementar com a parte mais teórica das aulas. Era um desafio perceber como em grupo seríamos capazes de nos coordenar para a gestão de uma empresa e dos seus desafios diários”, conta este antigo participante. Desta experiência, recorda, “de nos primeiros anos apenas olharmos para dentro da empresa, para aquilo que nos parecia lógico do ponto de vista interno, ignorando a evolução do mercado. E os resultados estavam longe do que esperávamos. À medida que o nosso foco passou para uma observação mais atenta à dinâmica do mercado e à experiência do cliente, passámos a tomar decisões que seguiam uma estratégia mais clara e percebemos que conseguíamos obter melhores resultados”. Ao longo das edições em que participou, José Pedro Pinto retirou diversas aprendizagens. Na sua opinião, há duas coisas que se podem aprender nesta prova.
Aprendizagens
“A primeira é que só com equipas multidisciplinares, com diversos pontos de vista, é que se chegam a conclusões e medidas mais fundamentadas, que nos permitem avançar no caminho certo.” Já a segunda, revela, “é que nunca conseguiremos prever todas as variáveis e que por isso devemos estar preparados para nos adaptarmos de forma ágil, a cada dia, à dinâmica do mercado”. Apesar de já não estar envolvido na prova, este antigo participante tem acompanhado a sua evolução. Acredita que a cada ano que passa o nível de exigência aumenta, não só pela complexidade do modelo, mas pela competitividade que existe no contexto da empresa, e que reflete, na sua perspetiva, de forma cada vez mais real o que observa no mercado.
“É acima de tudo uma experiência prática de gestão, que permite aos participantes assumirem a responsabilidade pelas suas decisões e perceber de que forma as mesmas influenciam o desempenho da empresa e a perceção do mercado”, frisa. Considera ainda que esta iniciativa promove o trabalho de equipa, a capacidade de visão estratégica, a competitividade e a rapidez de reação a adversidades, todas elas características essenciais para um gestor. Da experiência vivida, a quem contínua em competição e para terem sucesso neste processo, José Pedro Pinto aconselha a “definirem bem a estratégia, agarrarem-se a um fio condutor e estarem disponíveis para se adaptarem, porque o mercado muda a cada dia”.
Jornalista/Expresso: Maribela Freitas