in Expresso, 10 de Dezembro 2016
A edição de 2016 neste país contou com a participação de 160 equipas, mais 86 do que no ano anterior. A vitória foi alcançada por cinco alunos da Universidade Técnica de Angola.
À medida que se aproxima o fim do ano os países começam a terminar as suas edições e a selecionar a equipa que os irá representar na final internacional do Global Management Challenge 2016 que se realiza em Abril do próximo ano, na cidade de Doha, capital do Qatar. Angola é um desses casos. Em Novembro terminou a sua edição que contou com a participação de 800 estudantes e quadros, divididos por 160 equipas.
A edição de 2016 em Angola contou com mais 86 equipas do que no ano passado em que se inscreveram apenas 74 formações. Um crescimento que na opinião de Victor Fernandes, organizador local desta iniciativa criada há 37 anos pelo Expresso e a SDG, se deveu em parte à participação dos campeões de 2015 na promoção do evento. “Os vencedores da última edição pediram-nos para estarem envolvidos na prova este ano. Foram eles, supervisionados e com o apoio da nossa equipa, que trataram das inscrições e convenceram muitos estudantes a integrar este desafio”, explica. Como resultado e do total das formações inscritas 90% eram de estudantes, maioritariamente da Universidade Agostinho Neto e 10% de quadros.
Ensino técnico vencedor
Depois de um dia de final nacional renhido e muito competitivo, foi uma equipa de cinco elementos da Universidade Técnica de Angola que venceu este desafio e vai por isso representar o país na final internacional.
Em Angola a entrega de prémios aos primeiros lugares contou com a presença da equipa campeã da primeira edição, realizada há dez anos. Nessa altura eram estudantes e hoje são profissionais de topo e um deles é empresário. Contaram a sua história de vida a quem participou na prova em 2016 e o impacto que esta teve no seu percurso. É algo que para Victor Fernandes “contribui para aliciar mais participantes”.
É que na próxima edição, a de 2017, o objetivo é manter esta tendência de crescimento no número de equipas inscritas.
Para o organizador angolano o Global Management Challenge é uma ferramenta formativa. Estudantes e quadros têm a oportunidade de experienciar a tomada de decisões empresariais de topo e retiram desta experiência muitas outras competências. Por exemplo, aprendem a gerir melhor o seu tempo e a cumprir os compromissos assumidos.
Neste país a competição vai assumir um novo papel na vida dos angolanos. É que a organização local acabou de assinar um protocolo com o Gabinete de Quadros da Presidência da República, entidade responsável pelo plano nacional de formação de quadros. Os contornos deste acordo ainda estão a ser limados, mas poderão significar a atribuição de créditos académicos aos melhores classificados na competição a nível nacional ou de bolsas de estudo. Na opinião de Victor Fernandes, a prova prepara para a vida profissional e os empregadores olham para ela como instrumento de recrutamento.
Maribela Freitas