in Expresso, 29 de Junho 2013
A edição de 2013 do Global Management Challenge apresenta uma nova versão do simulador que para as equipas tornou a competição mais complexa e realista.
As 448 equipas que integram a edição de 2013 do Global Management Challenge têm estado a utilizar uma nova versão do simulador que conta com novas decisões. A primeira volta da competição já terminou e alguns participantes fazem um balanço da antiga e da atual versão que consideram ser mais complexa e próxima da realidade. A organização da competição, em conjunto com os seus parceiros da Edit 515, criaram uma nova versão do simulador que começou a ser utilizada primeiro em Portugal e vai agora ser adotada pelos mais de 30 países onde esta iniciativa se desenrola.
Nesta versão estão presentes novas decisões como a possibilidade de recorrer ao outsourcing da produção; as equipas podem apostar na formação dos seus colaboradores; há mais preocupações ecológicas e as empresas podem emitir ações. A avaliação das equipas também mudou e agora o objetivo dos participantes é que a sua empresa obtenha o melhor desempenho de investimento. Este critério reflete o valor da empresa para os respetivos investidores. Isto não é apenas o valor de mercado da empresa, mas inclui o valor de quaisquer dividendos pagos ou de quaisquer ações recompradas aos investidores menos o custo de quaisquer ações que lhes tenham sido atribuídas.
O antes e o agora
Vasco Rodrigues integra atualmente a equipa EDP-UCP Porto e já participou na prova em anos anteriores. “As principais diferenças encontradas ocorreram no prazo mais curto na aplicação de certas decisões, na emissão e recompra de ações e distribuição de dividendosemtodos os trimestres”, revela. Salienta que a competição está mais próxima da realidade e mais complexa, principalmente pela inclusão dos custos ambientais, do valor do terreno da fábrica e controlo acionista, além do recurso à subcontratação no fabrico de componentes.
O novo simulador traz também novas aprendizagens. Vasco Rodrigues conta que tem agora “uma perceção mais clara e racional da importância das diferentes variáveis no desempenho dos capitais investidos”. Ainda no campo das diferenças, Bárbara Marques, da formação Alumnigmc/Tlbmel acrescenta que “a apresentação da informação foi melhorada. A atual disposição e segmentação dos dados por tema é mais interessante do ponto de vista visual e facilita o tratamento e análise da informação da empresa e do mercado”. Acredita que a competição se tornou mais aliciante na medida em que a gestão da empresa ganhou maior abrangência e a tomada de decisão tem outra complexidade, gerando mais debate e adrenalina dentro da sua equipa.
Maior realismo
Bárbara Marques conta já com diversas participações na prova. Explica que agora, e por exemplo no caso da produção, a introdução da possibilidade de subcontratar é uma novidade em linha com a realidade, uma vez que permite alternativas no processo produtivo além da maquinação própria. A possibilidade de manipular o capital social, quer como fonte de financiamento da atividade quer como forma de aplicação de fundos está também próxima do real. A complexidade já referida é corroborada por Martinho Bernardes da formação CGD-Moliceiros que soma também diversas participações na competição. “Com a introdução de novas variáveis tornou-se mais complexo antecipar as jogadas dos adversários. O ponto de equilíbrio émuito mais incerto levando a ajustes mais severos na estratégia da empresa ao longo do jogo”, explica. Durante a primeira volta conta que as principais dificuldades sentidas pela sua equipa foram no nível de preços a praticar, se deveriam emitir ou comprar ações e se era melhor investir em máquinas ou subcontratar. Em jeito de balanço, Martinho Bernardes revela que “a versatilidade de estratégias a adotar e decisões a assumir nesta nova versão do simulador é sem dúvida a principal aprendizagem desta edição da competição”
Maribela Freitas
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