Alargar horizontes e adquirir novas competências

in Expresso, 15 de Junho 2013

A vontade de saber mais sobre o funcionamento de uma organização tem levado os engenheiros portugueses a marcarem presença nesta prova.O Global Management Challenge foi criado há mais de 30 anos pelo Expresso e a SDG e desafia as equipas a gerirem uma empresa. É bastante popular entre estudantes e quadros das áreas de economia e gestão que anualmente somam metade dos participantes. Contudo nos últimos anos a presença de estudantes e quadros da área da engenharia tem aumentado. Na edição de 2011 eram cerca de 25% dos participantes. Um valor que subiu para 26% no ano passado e para 40% na atual edição. Estes participantes procuram ao integrar a competição alargar horizontes e aumentar conhecimentos em gestão.

Nuno Pimenta é formado em engenharia informática pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e possui uma pós-graduação em gestão de empresas feita o ISCTE. Conta que foi a curiosidade pela competição e a possibilidade de tomar decisões que não estão ao seu alcance no dia a dia de trabalho que omotivou a integrar a equipa PT Money Makers, atualmente a competir no Global Management Challenge 2013. Na sua perspetiva é importante para os engenheiros integrarem esta prova que dá uma visão de 360º sobre as empresas, possibilitando a aquisição de conhecimentos noutras áreas que não fazem parte do programa de um curso de engenharia.

Aprender fazendo
Nuno Pimenta explica que são várias as aprendizagens que retira desta experiência. “Passam pela gestão do trabalho em equipa na tomada semanal das decisões e pelo equilíbrio das várias áreas da empresa que é preciso alcançar para se ter sucesso”, frisa. Acrescenta que aprende-se a balancear o marketing com a rede de distribuição e o preço, a fazer investimentos na capacidade de produção para as encomendas previstas, a antever a procura no mercado, a antecipar os movimentos da concorrência e a jogar com as variáveis financeiras de forma a maximizar o valor da empresa.

Frederico Caldas corrobora a opinião de Nuno Pimenta de que o Global Management Challenge é uma experiência formativa. Licenciado em engenharia mecânica pelo ISEL, Frederico Caldas está a terminar o mestrado em engenharia mecânica, no ramo da produção e manutenção. “Tendo uma visão direcionada para a produção, penso que com esta participação na competição vou adquirir conhecimentos a nível económico e financeiro relativamente a decisões que aminha equipa tomará de modo a obter uma boa cotação no mercado e subsequente valorização da empresa. Além disso, penso que o trabalho em equipa é uma das maiores aprendizagens que se pode retirar deste desafio”, explica. Para um estudante de engenharia é importante integrar esta prova que permite apreender conhecimentos de modo a poder interligar os vários sectores de uma empresa com o intuito de verificar o seu funcionamento global.

Habitualmente os engenheiros estão mais ligados à parte técnica de um determinado componente ou equipamento, tendo a tendência para não dar a relevância necessária aos custos associados ao produto e sua manutenção. “Poder lidar com todo o tipo de decisões financeiras versus produção de uma dado produto torna-se cada vez mais importante para um engenheiro”, comenta Frederico Caldas. Acredita que é vital para um estudante assimilar estes conhecimentos para poder aplicá-los na sua vida profissional.

Teresa de Lemos é professora associada do Departamento de Engenharia e Gestão do Instituto Superior Técnico (IST) e não tem dúvidas de que para os alunos de engenharia é importante a nível curricular integrar o Global Management Challenge.

Peso no mercado laboral
“A participação em competições de gestão traduz a aplicação de uma opção estratégica do IST ao reconhecer a necessidade dos futuros engenheiros complementarem as competências técnicas com as comportamentais (soft skills) que são imprescindíveis e críticas quando os engenheiros se integram no mercado de trabalho”, salienta. Compreender a natureza sistémica e integrada do funcionamento das organizações, avaliar a multidisciplinaridade e recursos necessários ao funcionamento das empresas, melhorar as competências de trabalho e decisão em grupo e relações interpessoais, são algumas das competências que os participantes adquirem. “O Global Management Challenge sendo uma competição de estratégia e gestão, onde os estudantes estão a simular umconselho de administração com o fim de obterem a melhor rentabilidade do investimento é efetivamente um excelente ‘balão de ensaio’ das condições que irão encontrar no mundo real”, finaliza Teresa Lemos.

Consulte o artigo completo publicado no Expresso: clique aqui

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