in Expresso, 19 de Julho de 2024
Legenda da foto: Cristóvão Carvalho, diretor-executivo da UDDAN IT, integrou a competição em 2004
Durante a prova, os participantes aplicam os conhecimentos adquiridos na vida académica e profissional
O Global Management Challenge é para Cristóvão Carvalho, diretor-executivo da UDDAN IT e antigo participante desta competição portuguesa de estratégia e gestão, uma experiência onde se podem aplicar os conhecimentos aprendidos na universidade e na vida profissional. Acredita que neste desafio é possível testar estratégias de gestão e aprender tanto com os erros como com as vitórias.
Aos 48 anos, Cristóvão Carvalho acumula uma licenciatura em Informática pela Universidade Lusófona e um MBA pelo ISCTE-IUL. A sua carreira profissional começou em 1998, como IT support na Câmara Municipal de Lisboa, onde ficou até 2000. Mais tarde entrou para a Accenture Portugal, onde trabalhou nove anos na área de consultoria em projetos de IT ligados à implantação de sistemas de informação. Foi durante este período, em representação da Accenture Portugal, que integrou em equipa o Global Management Challenge, corria o ano
de 2004.
Esta prova, que se disputa em equipa, permite aos participantes aprenderem como se gere uma empresa
Em 2009, Cristóvão Carvalho lançou em sociedade uma empresa, em Lisboa, a Solidnetworks. Quatro anos depois foi trabalhar para a Glintt, na Bélgica. Já em 2015 fundou com mais sócios a UDDAN IT em Bruxelas e Amesterdão, a qual trabalha em consultoria de sistemas de informação e onde exerce o cargo de diretor-executivo, responsável pelos mercados internacionais.
“Integrei esta competição pelo meu interesse em conhecer melhor o mundo da gestão e incentivado pelos meus colegas que já tinham participado”, conta. Dessa altura recorda “ter aprendido bases importantes de gestão e de vendas. A principal dificuldade foi sempre o tempo, já que todas as reuniões aconteciam depois do horário de trabalho e demoravam várias horas até as decisões estarem tomadas”. Da participação neste desafio ficaram os amigos e ensinamentos na área da gestão, que confessa aplicar até hoje no seu trabalho.
Durante as semanas de competição, as equipas devem ter atenção ao detalhe e analisar as suas tomadas de decisão
Na sua opinião, “é uma mais-valia importante para a formação de qualquer participante poder aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos em contexto universitário ou mesmo experiências da vida profissional nesta competição, que é uma sala de ensaio de gestão”. Nos últimos anos não tem acompanhado o desenvolvimento do Global Management Challenge, mas sempre que fala com outros antigos participantes o que lhes transmitem é que esta continua a ser uma iniciativa importante em termos de aprendizagem para quem nela participa. “É sem dúvida uma competição profissional, divertida, desafiante e emocionante. Cria valor para estudantes e quadros de empresas e, desta forma, promove a valorização da sociedade civil e empresarial”, frisa.
Como antigo participante, Cristóvão Carvalho deixa alguns conselhos a quem está a disputar a edição de 2024: “Atenção ao detalhe. Todos os números contam. Todas as decisões devem ter um racional lógico por detrás. Mas no final do dia é o feeling emocional que provavelmente dá a vitória.”
Jornalista/Expresso: Maribela Freitas
Foto: DR