in Expresso, 16 de Junho de 2012
O Montepio está a apoiar dez equipas na prova e considera que esta é uma iniciativa de estratégia e gestão que melhora o desempenho dos seus colaboradores.
O Montepio é uma das entidades com mais equipas na segunda volta do Global Management Challenge, contando com quatro. No ano passado o banco apoiou cinco formações, um número que duplicou na atual edição da prova. Isabel Nunes, responsável pelo departamento de formação e desenvolvimento do banco revela que nesta competição os seus colaboradores aumentam o conhecimento nas áreas de gestão, o que poderá ter impactos positivos no desempenho diário e consequentemente no seu percurso profissional.
Isabel Nunes sublinha que “a participação dos nossos colaboradores no Global Management Challenge, enquadrada nas fases de crescimento e desenvolvimento da própria instituição, foi orientada para objetivos diversos que, no âmbito da gestão de carreiras internas, passaram pela detenção de talentos e pela preparação de novos quadros para funções mais qualificadas”.
Acrescenta que o plano estratégico de formação do Montepio para 2012 atribui relevância a ações que apoiem o processo de integração dos colaboradores do ex-Finibanco e que fortaleçam o espírito de equipa. A participação mais alargada nesta edição da competição, com dez equipas, está diretamente relacionada com esse objetivo.
O ganho está na mistura
As equipas do Montepio são compostas por quadros oriundos de diversas áreas orgânicas, nomeadamente comerciais, técnicas e operacionais. “A atividade bancária é muito complexa, exigindo de todos os intervenientes uma visão e compreensão globais do negócio bancário e das suas implicações na esfera económica e social. Nesse sentido esta iniciativa ajuda a enquadrar os impactos das tomadas de decisão e a constatar que em gestão está tudo interligado”, salienta a responsável pelo departamento de formação e desenvolvimento do Montepio.
Uma opinião partilhada por Filipe Fernandes, líder da formação Ases Montepio DCN. Afirma que “o segmento empresarial reveste-se de grande importância no atual panorama nacional”, e prossegue: “A competição permite uma aproximação realista dos vários desafios que este segmento atravessa, permitindo a todos os membros da equipa elevar a interação e relacionamento com o mesmo, no intuito de melhorar o serviço prestado aos nossos parceiros de negócio, os clientes”. Apesar desta equipa do Montepio não ter sido uma das que vão integrar a segunda volta da prova, o seu líder não dá, de forma alguma, a experiência por perdida. “O Global Management Challenge potencia a capacidade de trabalho em grupo e o desenvolvimento de competências na área da gestão estratégica”, revela Filipe Fernandes que juntamente com os seus quatro companheiros de equipa, com idades compreendidas entre os 37 e os 40 anos, são responsáveis de rede de balcões da zona norte desta instituição bancária. O que os motivou a participar nesta iniciativa foi a vontade de desenvolver novas competências, aproveitando um simulador com forte aproximação à realidade. “Centrando-se a nossa atividade na área dos serviços, a participação neste desafio permite-nos perceber todas as variáveis que um gestor do sector industrial tem de dominar, adquirindo uma visão mais abrangente da gestão e estratégia empresarial”, realça Filipe Fernandes.
Essa aprendizagem é o principal ensinamento que os quadros bancários retiram da sua passagem pelo Global Management Challenge, a par com a obtenção de uma visão mais ampla da gestão de uma empresa e do impacto que as decisões tomadas podem ter nas diferentes áreas de intervenção de uma organização. O carácter formativo e a aprendizagem obtida por quem integra o Global Management Challenge reflete-se na vida profissional. Isabel Nunes considera que este é um desafio versátil que possibilita ao banco, a cada ano, novas oportunidades para incrementar o conhecimento e as valências dos colaboradores.
Efeitos na carreira
Essa versatilidade pode ser orientada quer em função do patamar de evolução dos próprios colaboradores quer para os desafios específicos das empresas que, enquanto unidades vivas, estão permanentemente a apelar à criatividade para garantir índices de desenvolvimento, sobretudo em contextos menos favoráveis”, salienta Isabel Nunes.
A dimensão do Global Management Challenge é para a responsável pela formação e desenvolvimento do Montepio o reconhecimento da sua qualidade e universalidade no estímulo ao desenvolvimento de competências em gestão estratégica. Depois cabe, na sua opinião, a cada entidade incentivar e criar condições para a transformação do conhecimento em capacidade de realização e concretização.
Uma iniciativa que aproxima os jovens à vida ativa
Pedro Santos considera que a competição fomenta o trabalho de equipa e desenvolve nos jovens o espírito empreendedor.
A participação de Pedro Santos no Global Management Challenge remonta à altura em que frequentou a universidade e depois, mais tarde, no início da sua carreira profissional. Este antigo participante considera que a competição é um autêntico treino de gestão que prepara os jovens para a vida ativa e lhes estimula o espírito empreendedor. Pedro Santos é aos 40 anos administrador do Grupo Onebiz, entidade da área do franchising que fundou em 1997 com António Godinho e do qual detém ainda 50% do capital. Licenciado e com uma pós-graduação em gestão, foi nos seus tempos de universitário que contactou pela primeira vez com o Global Management Challenge. “Participei em algumas edições enquanto estudante de gestão da Universidade Portucalense, no Porto. Depois repeti a experiência já quando trabalhava como auditor na PWC, ex-Coopers& Lybrand, como líder da equipa que concorreu, tendo atingido a final nacional em 1995″, relembra.
Os desafios da prova
Um dos principais desafios que enfrentou nesta iniciativa organizada há mais de 30 anos pelo Expresso e a SDG foi logo na sua primeira participação, em que juntamente com colegas criaram um simulador em Excel que lhes permitiu estudar e prever melhor as decisões. Confessa que foi uma ferramenta útil.
Ter chegado à final nacional representando a empresa para a qual trabalhava na altura, foi também para Pedro Santos algo de desafiante. “Recebemos os parabéns por parte dos partners da PWC no Porto, por termos aparecido com destaque no Expresso”, relembra o antigo participante. Espírito de equipa, sentido de competitividade empresarial e planeamento para a obtenção de resultados, são algumas das aprendizagens que Pedro Santos retirou da sua passagem pelo Global Management Challenge. Conta ainda que no seu caso a competição ajudou a fomentar o seu espírito empreendedor e já na universidade a encarava como um treino de gestão para quando viesse a criar a sua própria empresa.
Aprender fazendo
Pelo que retirou desta experiência, Pedro Santos recomenda-a a estudantes e quadros de empresas.
“É uma iniciativa muito importante para aproximar os estudantes à vida ativa, pois as decisões tomadas na prova são depois julgadas através dos resultados obtidos. Considero fundamental a integração da universidade com iniciativas deste tipo empresarial”, salienta. Às formações que continuam em prova e que vão disputar a segunda volta do Global Management Challenge, agendada para finais de setembro, Pedro Santos recomenda “a definição da estratégia, planeamento, organização da equipa e foco nos resultados”. Esta é a receita que aponta para a obtenção de bons resultados.
LÍDERES CONTINUAM
Terminou a primeira volta do Global Management Challenge 2012 e as 64 equipas que atingiram o primeiro lugar dos seus grupos vão integrar a segunda volta da competição, agendada para finais de setembro. A Portugal Telecom é a empresa com mais formações na segunda volta, no total de oito. A Essilor tem seis, a CGD cinco e o Montepio quatro. A Logica, Siemens e a Staples contam com três equipas cada.
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