Gestão empresarial no feminino

in Expresso, 10 de Outubro de 2009

Inês Murteira fez parte há 25 anos da primeira equipa feminina que participou no Global Management Challenge e conta como foi esta experiência

Há 25 anos, a presença de mulheres no Global Management Challenge era diminuta. No entanto, uma equipa feminina, que competiu nessa altura, fez história. Inês Murteira, actual administradora-executiva da empresa José de Mello Saúde, relembra a sua participação. “Recordo a minha passagem pelo Global Management Challenge como uma experiência enriquecedora e bastante original para a data em que se realizou. Integrei aquela que foi a primeira equipa feminina da prova”, conta. Esta foi uma etapa que a marcou profundamente. Tinha sido mãe quinze dias antes do início do desafio, o que a obrigou a um esforço adicional para conseguir conciliar o tempo que tinha disponível. No entanto, revela que valeu muito a pena. Voltando atrás no tempo, Inês Murteira conta ainda que a passagem pelo Global Management Challenge foi “essencialmente divertida e interessante pelo convívio que permitiu, já que éramos a primeira equipa feminina a entrar na competição e este facto criava um desafio adicional”.

Mas a criação desta equipa não foi um facto aleatório. Luís Alves Costa, presidente da SDG, empresa que realiza o Global Management Challenge em parceria com o Expresso, revela que na altura a participação de jovens mulheres quadros era diminuta. A organização resolveu convidar algumas mulheres a integrar uma formação feminina. “Era uma equipa só de mulheres, mas que poderia ter um desempenho tão bom ou melhor do que as masculinas”, salienta o presidente da SDG.
Hoje em dia, a participação de estudantes e quadros femininos é uma constante nesta competição, embora não igualize em número com os homens. Contudo, não voltou a haver uma formação exclusivamente feminina. “Actualmente a participação de mulheres no Global Management Challenge é muito grande, tal como assistimos a uma liderança cada vez maior de mulheres gestoras. O Global Management Challenge acompanha as tendências da vida real”, acrescenta Luís Alves Costa. No que respeita a competências femininas na chefia de uma empresa, Inês Murteira considera que as mulheres têm uma componente relacional e de intuição mais apurada, o que pode trazer mais-valias para a gestão.

Licenciada em finanças, começou a sua carreira na Companhia de Seguros Império e está desde 2000 no Grupo José de Mello Saúde, onde acumula o cargo de administradora com a vice-presidência dos hospitais CUF Infante Santo, CUF Descobertas e a presidência das quatros clínicas CUF (Belém, Alvalade, Torres Vedras e Cascais). Na prática, Inês Murteira não considera que homens e mulheres tenham uma forma diferente de gerir. Acredita sim que “as mulheres estão, no conjunto das suas vidas, habituadas a gerir um enorme número de temas, quer pessoais, quer profissionais, e essa pluralidade de atenções confere-nos, muitas vezes, uma maior facilidade em gerir vários dossiês em simultâneo”.

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