in Expresso, 4 de Março 2017
Do outro lado do Atlântico existem canais de troca de experiências entre participantes, o que tem contribuído para os bons resultados do país em finais internacionais.
A edição de 2016 no Brasil contou com 794 participantes distribuídos por 220 equipas, das quais apenas cinco eram de quadros, sendo as restantes de estudantes. A vitória da final brasileira realizada em Fevereiro, recaiu numa formação de três alunos de engenharia de produção e metalúrgica.
“Temos dado maior foco aos estudantes por entender que isso vai ao encontro do principal espírito da competição no Brasil que é estimular o aprendizado prático da gestão empresarial entre os jovens”, explica Marcelo Egéa, organizador da prova no país. Acrescenta que o chefe da equipa vencedora já participou noutras edições e, no conjunto, os três elementos possuem perfis que se complementam. A expectativa é, se possível, repetir a vitória do Brasil obtida pela última vez na edição de 1989. Apesar de não vencer desde essa data, o país tem vindo a melhorar o seu desempenho.
Na edição de 2015 alcançou o terceiro lugar e na de 2013 chegou à quarta posição. Resultados que, na opinião de Marcelo Egéa, se devem ao facto de desde a primeira volta os participantes terem acesso a apoio e canais para troca de experiências e conhecimentos com competidores mais experientes.
“Temos uma comunidade de entusiastas do Global Management Challenge muito grande, fruto dos seus 36 anos de história por aqui”, salienta Marcelo Egéa. A obtenção do terceiro lugar mundial de 2015 trouxe também mais visibilidade a esta iniciativa, uma vez que “houve empresas que nos procuraram em função disso e que quiseram apoiar equipas”, explica o organizador local.
O Brasil foi o primeiro destino de internacionalização desta iniciativa onde chegou em 1981. O simulador mudou e a prova evoluiu, mas continua a ser, na opinião de Marcelo Egéa, uma ferramenta que testa conceitos, desenvolve o raciocínio lógico, estimula a capacidade de decisão e prepara os jovens para o mercado de trabalho.
Legenda da foto:
Marcelo Egéa com Rafael Ambrósio, Lucas Thevenard e Ludmila Silva (equipa vencedora) e Roberto Cardoso
Jornalista/Expresso: Maribela Freitas