in Expresso, 11 de Março 2017
O Global Management Challenge, criado pelo Expresso e a SDG, tem vindo ao longo dos seus 38 anos de existência a apostar na internacionalização e, com a entrada de Cabo Verde, são já 32 os países, incluindo Portugal, onde esta iniciativa se desenrola.
Neste novo destino estudantes e quadros aderiram à prova que é encarada como uma ação de formação na área da gestão.
A primeira edição cabo-verdiana começou no dia 3 deste mês e vai terminar a 17 com a seleção do vencedor. O evento vai ser mais curto do que o habitual, com apenas uma volta, para que seja possível à equipa campeã representar o país na final internacional que se realiza em Abril, em Doha, capital do Qatar. Estão neste momento a competir 15 equipas de estudantes e quadros. “Em Cabo Verde temos muitos quadros formados em boas universidades, mas poucos são os que realmente conhecem o que é a vida real das empresas, já que o estágio curricular só lhes é exigido no último ano do curso”, explica Anastácio Silva que juntamente com Carlos Correia da Fonseca, organizam a prova no arquipélago. Na sua opinião, há carências ao nível do conhecimento concreto de gestão e estratégia e quando os universitários começam a trabalhar apercebem-se da diferença entre o que aprenderam e o que lhes é pedido.
“A formação base é muito importante, mas a vida real vai exigir competências que pouco se aprendem nas escolas”, salienta.
E é neste campo que o Global Management Challenge atua, sendo para Anastácio Silva “uma aprendizagem, seja para quadros que já trabalham, seja para estudantes finalistas que estão em vésperas de entrar no mercado de trabalho”. É ainda uma forma de aproximar as universidades das empresas.
Crescer em 2017 A primeira edição de Cabo Verde conta com o patrocínio de empresas nacionais como o Banco Comercial do Atlântico (BCA), a Garantia Seguros e a Unitel T+. Alunos da Universidade de Cabo Verde, do Instituto Superior de Ciências Económicas e Empresariais e da Universidade Jean Piaget não quiseram perder a oportunidade de fazer parte desta experiência.
A organização local e depois deste arrancar tímido com apenas 15 equipas, quer atrair mais participantes na segunda edição que terá início ainda este ano.
João Matoso Henriques, CEO da SDG, conta que há já algum tempo que Cabo Verde era um destino onde a competição queria entrar, mas só agora surgiu a oportunidade. “Apesar de estarmos a falar de um país de pequena dimensão, com pouca escala ao nível dos negócios, tenho a convicção de que esta iniciativa será um sucesso”, refere. Para já suscitou o entusiasmo da comunidade empresarial e universitária local. Do que conhece da realidade cabo-verdiana o CEO da SDG acredita que há empenho por parte dos jovens em melhorar as suas competências para poderem singrar nas suas vidas profissionais e a competição para isso contribui.
Com a entrada Cabo Verde é mais um país de língua portuguesa, além de Portugal, Angola e Brasil a integrar este desafio. No entanto, e se olharmos para o universo de nacionalidades que a competição abarca, são vários os idiomas presentes, sendo que o seu simulador está traduzido em 18 línguas. E mais de meio milhão de pessoas já participaram nesta iniciativa.
Legenda da foto: Érica Paim (Unitel T+), Carlos Correia da Fonseca (organização) e Victor Andrade (Garantia Seguros) em cima; Paula Martins (BCA), João Henriques (SDG), Euridece Mascaranhas (Unitel T+) Jaqueline Vaz (Vivo Energie) e Anastácio Silva (organização) no lançamento da prova
Jornalista/Expresso: Maribela Freitas