In Expresso, 22 de Julho 2017
Legenda: Elementos da equipa IEFP/Ubi/Kekistan, na final nacional da edição de 2016 da competição.
O IEFP conta com 40 equipas de estudantes e desempregados no Global Management Challenge.
A participação do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) no Global Management Challenge remonta a 1995. Desde essa altura que tem vindo a apoiar a competição, bem como a inscrição de equipas de estudantes e, mais recentemente, de desempregados inscritos nos centros de emprego. Este ano não é exceção e as suas 40 equipas que foram divididas entre as duas edições da primeira volta, totalizam 147 participantes. Para este organismo público esta prova é mais uma oportunidade para promover a integração no mercado de trabalho, tanto de universitários como de diplomados qualificados.
“Sendo grande parte da nossa atuação centrada na integração profissional é fundamental que aproveitemos todas as oportunidades que possam contribuir para uma integração mais rápida no mercado de trabalho”, justifica António Valadas da Silva, presidente do conselho diretivo do IEFP, como a razão da participação neste desafio de estratégia e gestão. Acrescenta que esta iniciativa é um excelente espaço de aprendizagem para todos que a integram, não só pelos resultados já alcançados anteriormente, mas também pelo feedback que tem chegado a este organismo dos seus participantes.
Na atual edição da competição, o IEFP conta com sete equipas formadas por desempregados e 33 por universitários. Este total foi distribuído pelas duas edições da primeira volta, uma novidade introduzida no calendário deste ano. Até agora, duas das suas equipas que disputaram a primeira edição já foram selecionadas para a segunda volta, agendada para setembro.
Maior empregabilidade
O presidente do IEFP acredita que este resultado é “revelador da qualidade dos nossos concorrentes e sobretudo da sua forte motivação e interesse nesta competição”. E, na sua opinião, o facto de a prova aliar o conhecimento à prática, ainda que simulada, desenvolve e aperfeiçoa competências pessoais como a capacidade de liderança e a tomada de decisão.
No caso dos desempregados, é uma oportunidade de “desenvolverem competências empreendedoras fundamentais na moderna gestão de projetos, como o trabalho de equipa, a análise de risco, a identificação de situações alternativas, a elaboração de estratégias empresariais, ou seja, ter a visão global de um negócio”. Já no caso dos estudantes é uma oportunidade de aprendizagem fora do sistema normal de ensino. No final, a expectativa é que “saiam desta iniciativa mais capacitados profissionalmente, mais empreendedores e dotados de um melhor espírito de inovação e criatividade”, finaliza António Valadas da Silva.
A visão do IEFP é partilhada por quem compete na prova. Crispim Ramos, lidera a equipa IEFP/All Stars, já selecionada para a segunda volta. Acredita que este é um desafio num ambiente de concorrência que procura manter ativas as capacidades, qualidades e sensibilidades dos participantes nas diversas áreas de gestão e direção de uma empresa. Da sua equipa fazem parte mais dois colegas e entre os três têm qualificações na área da engenharia civil, eletrónica e telecomunicações, gestão de empresas e economia e finanças e idades entre os 50 e 60 anos.
Quebrar barreiras
Esta heterogeneidade trouxe diferentes experiências na análise das diversas situações em causa, contribuindo para a decisão final que pensaram de forma consensual para ser a melhor. “Se a prestação global do grupo for bastante positiva pode eventualmente chamar a atenção do mercado de trabalho para a formação, qualidade e experiência dos elementos que o compõem”, frisa Crispim Ramos. Na sua opinião pode “contribuir para derrubar a maior barreira à reentrada no mercado de trabalho, discriminação surda e silenciosa que se verifica atualmente no que respeita à idade, independente da formação, qualidade e experiência que cada candidato possa apresentar”, salienta.
Hugo Morão e os seus colegas da equipa IEFP/Ubi/Kekistan participaram no Global Management Challenge 2016 e chegaram à final nacional. Repetiram a participação este ano e para já, vão estar presentes na segunda volta. Como estudantes do mestrado em economia, esta prova é “um teste de stresse aos conhecimentos adquiridos na academia e permite-nos saber quais as áreas que temos de desenvolver para melhor nos inserirmos no mercado de trabalho”, explica. Mesmo sendo esta uma segunda participação, defende que a prova é diferente de ano para ano e é necessário um esforço contínuo de aprendizagem.
Para Luís Ferreira e os seus colegas da equipa Garantia Jovem TP, estudantes de engenharia aerospacial apoiados pelo IEFP, “esta competição permite-nos abrir mais os horizontes para outras áreas além da engenharia, o que no futuro surge como uma alternativa no mercado de trabalho”. Salienta que mesmo para quem pretenda seguir engenharia “os conhecimentos adquiridos serão sempre úteis, pois a gestão faz parte do dia-a-dia de qualquer empresa”. Integrados na segunda edição da primeira volta ainda em curso, estão a lutar para estarem também presentes na segunda volta.
Classificação após a 3ª decisão — 1ª volta
2ª EDIÇÃO
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A duas decisões do final
Na semana passada as 70 equipas que estão a disputar a segunda edição da primeira volta do Global Management Challenge tomaram a primeira de cinco decisões. Já esta semana tiveram de tomar duas decisões, uma no dia 17 e a outra no dia 20. No quadro acima podem ser conferidas as equipas que estão no topo dos grupos, após a terceira decisão. No que respeita a resultados, da primeira para a segunda decisão houve mudanças na chefia de 3 grupos e da segunda para a terceira o resultado foi idêntico, sendo que essas mudanças ficaram circunscritas aos grupos 2, 9 e 10. Perante este cenário e já que faltam apenas tomar mais duas decisões para o final desta etapa, são esperadas mais mudanças.
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Jornalista/Expresso: Maribela Freitas
Fotógrafo/Expresso: José Caria