in Expresso, 27 de Maio 2017
Legenda da foto: Tomás Pereira, Pedro Gomes, Ruben Belchior, Diogo Coelho e César Duarte, venceram o ISEG Management Challenge 2017
e estão agora a participar na competição a nível nacional.
Competição
ISEG utiliza a simulação de gestão como um complemento à formação dos seus alunos
A utilização de uma versão simplificada do Global Management Challenge para o treino de competências e aquisição de novos conhecimentos de alunos de várias licenciaturas, pós-graduações e mestrados, tem sido uma prática corrente no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) nos últimos oito anos. Esta escola em parceria com a SDG organiza um campeonato com duas voltas e uma final e as melhores equipas, entre elas a vencedora, transitam para a competição nacional. Para os estudantes ambos os campeonatos são momentos de aprendizagem onde podem testar o que aprendem na faculdade e ver a sua aplicabilidade na vida de uma empresa.
À luz do que se passa na prova a nível nacional também no ISEG Management Challenge as equipas de estudantes têm de tomar decisões de gestão de uma empresa, embora de uma forma mais simplificada. Contudo aqui têm já uma perspetiva do que os espera na competição. Na oitava edição desta iniciativa académica que terminou no início deste mês, participaram mais de 30 equipas e a New Wonders, formada por cinco estudantes do segundo ano de economia, foi a vencedora.
Tomás Pereira liderou a equipa. Após ter recebido o primeiro prémio revelou que “este é um simulador realista e mostra que a realidade é diferente do que aprendemos na faculdade. Tem de haver uma adaptação dos nossos conhecimentos para a vida real e esta é uma forma de transição para o mercado de trabalho”.
Competição mais aguerrida
Atualmente a equipa de Tomás Pereira conta já com uma semana de participação no Global Management Challenge 2017 onde está a competir com equipas de estudantes de diversas universidades e quadros de empresas. “Nesta etapa a nossa grande dificuldade foi lidar com um novo simulador, mais complexo e realista que o do ISEG Management Challenge o que implicou uma adaptação da nossa parte. Agora o nível competitivo é maior e é mais difícil ultrapassar cada fase”, afirma Tomás Pereira.
Na prova nacional o líder da New Wonders espera juntamente com os seus colegas aperfeiçoar a capacidade de trabalhar em equipa, aprender a lidar com a divergência de opiniões e com a tomada de decisão sob pressão. “No fundo espero desenvolver as minhas capacidades de liderança, pois tenho plena consciência da importância que este aspeto tem no mundo empresarial”, salienta. Tem também ambições quanto ao desempenho.
Juntamente com os seus colegas e motivados pelo resultado obtido no ISEG Management Challenge, querem ‘brilhar’ a nível nacional.
A frequentar o primeiro ano da licenciatura de matemática aplicada à economia e gestão, Clara Quintans chefiou a formação prosperar na iniciativa académica do ISEG. Conta que “achámos interessante integrar este desafio onde aprendemos a trabalhar sob pressão e em equipa”.
Também a sua formação transitou para a prova nacional, etapa onde na sua opinião a pressão é maior, mas é também uma oportunidade formativa que quer aproveitar, independentemente do lugar que a sua equipa consiga vir a obter.
Nos oito anos que o ISEG leva de organização desta iniciativa, já dezenas dos seus alunos tiveram oportunidade de experimentar gerir uma organização em ambiente simulado. Mário Caldeira, presidente desta instituição de ensino superior acredita que “este é um projeto de sucesso e somos pioneiros na utilização deste tipo de simuladores no ensino da gestão”. Por parte dos estudantes é motivador o uso de novas tecnologias no ensino, mais ainda de um simulador que apelida de complexo que pode ser utilizado por alunos de diversas áreas e perfis, onde desenvolvem várias competências e trabalham em conjunto.
Atingir resultados
A nível nacional a escola que dirige já obteve bons resultados no Global Management Challenge. Na edição de 2016 uma equipa de alunos do MBA chegou à final nacional. “Para nós foi motivo de orgulho e esperamos que este ano as nossas equipas cheguem a esta etapa e ganhem se possível”, frisa. Não tem dúvidas que a este nível é mais difícil conseguir um bom resultado pois aqui a simulação aproxima-se ao máximo daquilo que é a realidade da gestão de uma empresa.
A ligação desta competição de estratégia e gestão fundada por Luís Alves Costa tem as suas raízes no ISEG. Foi aqui que no final dos anos setenta do século XX, enquanto docente, começou a utilizar simulações com os seus alunos e a verificar que desta forma adquiriam conhecimentos mais rapidamente. A ideia germinou e tornou-se naquilo que a competição é hoje, sem nunca perder a ligação à academia que a viu nascer.
Classificação após a 1ª decisão – 1ª volta
1ª EDIÇÃO
(Consulte o PDF): (clique aqui)
INÍCIO DA COMPETIÇÃO
Começou esta semana, com a tomada da decisão inicial, a primeira volta do Global Management Challenge 2017. Estão 240 equipas a competir nesta primeira edição e durante as próximas quatros semanas vão continuar a escolher o melhor caminho a percorrer pela empresa que têm para gerir. Para já e no início deste percurso, a Intrum Justitia, o IEFP, a EDP, Millennium Bcp e NOS, são as empresas com mais formações no topo de grupos, com três cada.
Jornalista Expresso: Maribela Freitas
Fotógrafo Expresso: António Bernardo