Os desafios que a banca nacional enfrenta

In Expresso, 15 de julho 2017

Legenda: António Ramalho foi o orador das “Conversas com sucesso”.

A reputação, qualidade de serviço e não perder o rumo no contexto digital, são para António Ramalho, do Novo Banco, aspetos que vão marcar a vida do sistema financeiro.

António Ramalho, presidente executivo do Novo Banco, foi o convidado da mais recente edição das “Conversas com sucesso”, organizadas no final de junho, em Lisboa, pela rede Alumnigmc, formada pelos antigos participantes do Global Management Challenge. Numa palesta subordinada ao tema “Nova banca, novos desafios” traçou perante uma plateia atenta as situações que nos próximos anos vão pôr a banca à prova, entre as quais se contam a melhoria da sua reputação e criar uma estrutura de confiança que beneficie a relação com os seus clientes.

Na perspetiva de António Ramalho são três os grandes desafios que a banca portuguesa encara nos próximos dez anos. “Enfrentamos a redução do crédito malparado que faz parte de um dado histórico da banca portuguesa e que esta tem de transformar rapidamente numa solução que possa trazer proveitos para que consiga menos custos e possa beneficiar de algumas das imparidades que já realizou”.

Defendeu ainda que é necessário continuar o enorme esforço de custos no sentido de aproveitar a eficácia e transformá-la num valor de marketing, de entrega e qualidade de serviço aos clientes e melhorar a reputação perante o mercado e os reguladores internacionais, criando desta maneira uma estrutura de confiança no sistema.

Para o presidente do Novo Banco é também “um dever dos bancos devolver a confiança que os clientes tiveram com eles em Portugal durante a crise”. Enquanto que os clientes gregos, cipriotas e irlandeses tiveram dúvidas sobre o seu sistema financeiro, os portugueses acreditaram nele. Agora é altura de retribuirem essa mesma lealdade.

Banca de proximidade 
versus mundo digital

Mas não são só desafios que a banca enfrenta, no seu futuro António Ramalho vislumbra também dilemas. Um deles diz respeito à manutenção de uma banca de proximidade numa era digital como a que se vive atualmente.

“Como é que nós conseguimos que esta vantagem da banca pessoal, da relação de proximidade se mantenha e se preserve quando temos tanta instrumentação digital ao nosso dispor”, inquiriu o orador. Não tem dúvidas de que as instituições bancárias serão capazes de dar a volta a esta situação, tal como fizeram no passado, na medida em que “são muito inovadoras e não há quase nada que tenha sido descoberto em banca que não tenha passado por Portugal”, frisou. Lembrou novamente que existe qualidade de serviço ao cliente e isso pode fazer a diferença neste processo.

No futuro vai continuar a existir uma nova geração de banqueiros, a par de uma também nova geração de clientes que vão estabelecer entre si novas relações. Contudo estas “nunca poderão prescindir da proximidade, da relação pessoal, conjuntamente com as capacidades que o modelo digital permite”, finalizou.

Jornalista/Expresso: Maribela Freitas
Fotógrafo/Expresso: António Bernardo

 

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