Uma competição onde se tem experiência na gestão de topo

in Expresso, 24 de Maio de 2019

Carlos Fonseca participou na prova em 1998 e dessa vivência ficou-lhe a noção da importância que uma decisão pode ter numa empresa.

Uma experiência única de aprendizagem na área da gestão, onde se desenvolvem competências e se treina o trabalho em equipa e o networking – é assim que Carlos Fonseca, coordenador do Núcleo WorldSkills Portugal no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), descreve o Global Management Challenge.

Foi há 21 anos que este engenheiro de manutenção e controlo de sistemas participou nesta competição de estratégia e gestão. Era já quadro do IEFP e estava a tirar uma pós-graduação na então Universidade Técnica de Lisboa. A oportunidade surgiu “através do convite do diretor de departamento para integrar uma equipa, faltava um elemento com perfil de engenharia e daí o convite que me foi feito”, relembra. Achou o desafio interessante e embarcou nesta aventura.

Do que viveu Carlos Fonseca reteve na memória “o serm sobre opções, estratégia e decisões em diferentes áreas funcionais, muitas delas desconhecidas para mim”. O mundo da gestão era-lhe completamente novo, mas ao sábado de manhã percorria 40 quilómetros até Xabregas, em Lisboa, onde a equipa se encontrava, para trabalhar na competição.

Ficou-lhe ainda desses tempos “a experiência de ter trabalhado com colegas com os quais nunca tinha trabalhado e o conhecimento da importância da interação entre as diversas áreas funcionais de uma organização, a implicação que todas têm sobre todas e a responsabilidade da tomada de decisão sobre o futuro de uma organização. Aprendi ainda que a gestão de topo não é tarefa fácil”. Acrescenta que “a passagem pelo Global Management Challenge permite experienciar a gestão de topo de uma empresa, tomar contacto com as diversas áreas funcionais e interiorizar a relevância que as decisões têm no desempenho. Permite ter uma visão alargada da gestão”.

Com 48 anos de idade, entre 1992 e 1997 Carlos Fonseca trabalhou em terminais petrolíferos da Petrogal e da Shell Portuguesa, onde tinha responsabilidades inerentes à segurança nas operações de carga e descarga de produtos combustíveis entre o navio e o terminal. Mais tarde, em 1997, entrou no IEFP para o Departamento de Formação Profissional, em funções ligadas ao desenvolvimento curricular, tendo assumido a função de coordenador do núcleo de programas. Neste organismo passou por várias funções e atualmente, na direção da WorldSkills Portugal, está ligado à organização dos campeonatos das profissões.

Às equipas que estão atualmente em prova Carlos Fonseca aconselha a fazerem um bom trabalho de casa, já que as diversas fases se sucedem num curto espaço de tempo e isso gera pressão na tomada de decisão. Um olhar interno à forma como melhorar a organização, trabalhando as variáveis internas, o que a concorrência poderá estar a fazer, definir uma estratégia clara e objetiva, mas adaptável às variáveis externas, adotar riscos e esperar um pouco de sorte, são mais alguns conselhos que deixa aos participantes da edição de 2019.

Jornalista/Expresso: Maribela Freitas

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