in Expresso, 2 de Dezembro de 2022
Paulo Macedo, Presidente da Comissão Executiva da CGD e antigo participante do Global Management Challenge, acredita no potencial formativo desta iniciativa portuguesa.
Durante a prova as equipas trabalham em prol de um objetivo, tomam decisões, resolvem problemas e aprendem mais sobre gestão.
A relação da Caixa Geral de Depósitos (CGD) com o Global Management Challenge começou em 1999 e até agora apoiaram mais de 300 equipas, sendo a sua maioria internas e algumas de universitários. Na corrente edição esta entidade bancária apoia sete equipas de quadros e quatro de estudantes, com o intuito de contribuir para o reforço de competências de gestão e liderança, em quem estuda e em quem trabalha. “Na CGD acreditamos que a educação e as competências da força de trabalho geram o conhecimento científico sobre o qual se ergue o progresso”, revela Paulo Macedo, Presidente da Comissão Executiva da CGD. Espera que nesta competição “os estudantes desenvolvam competências no âmbito da gestão, mas também comportamentais, como o trabalho em equipa, saírem da sua zona de conforto e exporem-se a outros desafios para lá das suas obrigações curriculares”. Ao longo das semanas de prova são expostos a um trabalho extra e intenso, sendo chamados a resolver problemas complexos que estimulam a sua curiosidade e competitividade.
Experiência para a vida
Já as equipas de quadros “na competição, tal como na realidade, são confrontadas com constrangimentos e desafios, para os quais se espera agilidade em tomadas de decisão informadas. Esta é a capacidade que permite responder aos desafios de mercado de forma rápida, eficaz e sustentável”, frisa Paulo Macedo.
Antigo participante do Global Management Challenge o presidente da comissão executiva da CGD refere que é importante que “quem participa o faça com entusiasmo, usufrua da experiência e adquira novos conhecimentos. Aprender nesse contexto traz muitos mais benefícios e proporciona uma experiência para a vida”. Explica ainda que “são estes os motivos que nos levam a estender esta competição ao Grupo Caixa e a realizar, anualmente, uma competição interna similar ao Global Management Challenge onde participam equipas de todas as entidades internacionais e onde, para além do reforço das competências já mencionadas, a dinâmica de partilha de experiências e boas práticas é uma estratégia vencedora”. Às equipas que estão a competir este ano, Paulo Macedo aconselha a que “nunca percam a vontade de aprender ao longo da vida e que consigam tirar o máximo partido de cada experiência”.
Na competição as equipas são confrontadas com constrangimentos e desafios aos quais têm de responder
A equipa CGDdesafiaratuarprogredir é formada por três quadros da CGD. Mário Mateus, o líder, conta que nesta prova já aprenderam “a importância de definir uma boa estratégia inicial e chegar a um consenso apesar das opiniões por vezes divergentes dos vários elementos do grupo”.
Para a sua atividade diária levam a noção de que “planear a médio e longo prazo é imperativo para ter o controlo do presente e perspetivar benefícios futuros e que uma equipa multidisciplinar dá lugar a debates, garantindo um output mais positivo”. Estreantes na prova esperam chegar o mais longe possível “para desenvolver competências, mantendo-nos focados no objetivo principal de alcançar o melhor desempenho de investimento”, finaliza Mário Mateus.
Emília Rocha lidera a equipa CGD-Insight, com cinco elementos. A vontade de perceber as dificuldades de liderar uma empresa, de testar o espírito de equipa e de desafiar o dia a dia, foram as razões que motivaram os elementos desta equipa a integrar esta iniciativa.
Como retorno receberam já “uma visão holística da empresa, bem como do impacto das decisões perante os vários cenários e a necessidade de se adaptarem às adversidades e tomada de decisão complexa”. Para o banco levam “o fortalecimento das relações interpessoais e o aprimoramento das competências comportamentais e, trabalhar em equipa em prol do bem comum”, frisa Emília Rocha. O objetivo agora é terminar esta segunda fase da primeira volta com sucesso, passar à segunda volta e chegar à final nacional.
Trabalhar em conjunto
A aprendizagem na área da gestão é o que a equipa CGD/Lmt, formada por quatro estudantes do terceiro ano de gestão e economia da Universidade Nova de Lisboa, leva desta prova. “É uma excelente oportunidade para desenvolvermos as nossas competências de gestão e tem ainda um maior peso para nós visto que estamos quase a entrar no mercado de trabalho. Além disso é uma excelente oportunidade de trabalharmos juntos, algo que nem sempre podemos decidir durante o percurso académico”, explica Inês Estácio, líder da equipa.
Os participantes saem desta prova com uma visão realista de como as empresas funcionam
Para estes estudantes o mais importante é “conseguirmos ter uma perspetiva da empresa na sua totalidade. Muitos dos nossos estudos focam-se em partes específicas e acabamos por nunca ter uma perspetiva geral de como as áreas de uma empresa se unem. Sabemos assim o que esperar quando de facto tivermos de lidar com estas situações no futuro”, salienta a chefe de equipa.
João Conde lidera a equipa CGD/Onpoint, constituída por três estudantes de gestão da Nova SBE e de engenharia aerospacial do Instituto Superior Técnico. A vontade de ter um contacto mais próximo com a gestão e o feedback positivo de colegas que já tinham passado por esta experiência levou-os a ingressaram nesta iniciativa. “Sendo o simulador tão completo conseguimos perceber o quão as nossas decisões são tomadas e influenciadas pelo que nos rodeia, neste caso, pelo que as outras equipas também decidem. A cada decisão somos mais ponderados e cuidadosos nas nossas análises”, salienta João Conde. Estão agora focados em chegar à segunda volta, mas o objetivo é alcançar a final nacional.
Classificação após a terceira decisão — 2ª fase da 1ª volta (clique aqui)
PERTO DO FIM
As equipas que competem na segunda fase da primeira volta do Global Management Challenge 2022 efetuaram esta semana a sua terceira tomada de decisão. Um feito que em relação à segunda tomada de decisão da passada semana, provocou alterações nas lideranças nos grupos 2, 5, 14, 17 e 25. Os restantes mantêm a chefia. As equipas agarram-se às suas posições, já que faltam apenas duas tomadas de decisão para o término desta etapa e só as que estiverem na chefia dos grupos é que seguirão para a segunda volta que arranca no início de janeiro. Para já e esta semana, a CGD é a empresa com mais equipas na liderança — cinco. Segue-se a Accenture com três. A IT Sector, Konica Minolta, Esfera Azul e Fidelidade têm duas cada.
Jornalista/Expresso: Maribela Freitas
Fotógrafo/Expresso: Tiago Miranda