Uma prova de estratégia e gestão com 40 anos de história

in Expresso, 26 de Janeiro de 2019

Legenda da foto: João Matoso Henriques, Francisco Pinto Balsemão, Luís Alves Costa e Francisco Pedro Balsemão fazem parte da SDG e do Expresso, entidades que há 40 anos organizam em parceria o Global Management Challenge.

Este desafio já ultrapassou os 600 mil participantes a nível mundial e está em 33 países

Global Management Challenge nasceu quando as simulações de gestão eram algo de raro em Portugal. Este ano completa o seu quadragésimo aniversário e para a organização que arrancou na primeira edição com 124 equipas, esta competição que está espalhada pelo mundo, tem ainda por onde crescer a nível de países e participantes.

Luís Alves Costa, presidente da SDG, e Francisco Pinto Balsemão, presidente do grupo Impresa, inovaram quando no final dos anos 70 resolveram lançar em Portugal uma competição pública em que estudantes e quadros podiam competir entre si, liderando os destinos de uma empresa. Há cerca de 40 anos, Luís Alves Costa era professor do ISEG e tinha utilizado simuladores nas suas aulas. Na altura conheceu num seminário em Lisboa uns professores de uma universidade escocesa que tinham desenvolvido um simulador em que os jogadores competiam uns contra os outros. Motivado pelo entusiasmo que os seus alunos mostravam pelos simuladores, Luís Alves Costa desenvolveu um modelo de competição nacional. E para isso era fundamental um parceiro da área da comunicação social.

De 120 a 351 equipas

“Tinha interesse noticioso para o Expresso e interesse como iniciativa e era algo que já envolvia o digital que estava a nascer”, aponta Francisco Pinto Balsemão como algumas das razões que o motivaram a apostar neste desafio que na altura se chamava Gestão Global, o grande jogo das empresas. A primeira edição arrancou em 1980, com 124 equipas.
Na 39ª edição portuguesa, relativa a 2018, participaram 351 equipas, formadas por estudantes, quadros e mistas, ou seja, que misturam estudantes e quadros. O simulador dos professores escoceses, que continuam parceiros, também já não é o mesmo. É que ao longo dos anos foram-lhe introduzidas muitas mudanças, por iniciativa portuguesa, para que este seja um produto cada vez mais perto da realidade que se vive no mundo empresarial.
Em jeito de balanço, Luís Alves Costa confessa que não estava à espera do sucesso que esta competição já alcançou.
“Estamos em mais de 30 países, já tivemos mais de 600 mil participantes em todo o mundo e fico espantando com o efeito positivo que temos nos participantes e nas entidades que nos apoiam”, refere. Já o seu parceiro de organização, Francisco Pinto Balsemão, revela que já encontrou antigos participantes que quando concorrem a um emprego, colocam nos seus currículos a passagem por esta prova. “Fala-se muito em educação fora das escolas e eu acho que esta iniciativa contribui para um conceito de educação. Treina milhares de pessoas, obriga-as a pensar em algo que em princípio não iriam aprender nas escolas, pelo menos desta forma”, salienta. O facto de existirem vários tipos de equipas intensifica as aprendizagens que os participantes podem retirar deste processo.

Um desafio global

A internacionalização esteve sempre na mira da organização e iniciou-se em 1981 com o Brasil. Foi somando países até que em 1995 entrou na China, mercado que foi um dos mais difíceis de conseguir, pelo desconhecimento da língua e da cultura. Arábia Saudita, Nova Zelândia e Austrália foram as mais recentes adesões a este desafio que está em 33 países, incluindo Portugal.
Depois de 40 anos de parceria, os fundadores do Global Management Challenge consideram que cabe a quem lhes sucede continuar este processo de crescimento. Uma ideia corroborada por João Matoso Henriques e Francisco Pedro Balsemão, respetivamente CEO da SDG e do CEO da Impresa.
Queremos dar continuidade ao trabalho desenvolvido, e a aposta é claramente continuar a crescer, em termos de países e participantes”, refere João Matoso Henriques. Um dos seus objetivos passa por divulgar mais a competição no seio empresarial nacional, nomeadamente das PME e de sectores que tradicionalmente não apoiam equipas e que queiram apostar no desenvolvimento de competências dos seus quadros. A nível internacional, a meta é chegar a mercados de grande dimensão onde não está presente, como os Estados Unidos da América.
“Não é fácil, tendo em conta a sua dimensão e o modelo do Global Management Challenge que assenta num só parceiro em cada país”, explica o CEO da SDG. Revela ainda que a competição poderá chegar a Singapura ainda este ano.

Projeção internacional

Para Francisco Pedro Balsemão este processo de internacionalização leva a bandeira nacional a todo o mundo. Só lamenta que Portugal não vença uma final internacional desde a edição de 1998. Na sua opinião, o papel dos meios de comunicação social é informar, investigar, esclarecer e por isso faz sentido continuar com esta parceria que no grupo se estende também agora, mais recentemente, à SIC. “Gostamos de partilhar bons exemplos com a sociedade, isso faz parte do nosso ADN e consideramos que essa iniciativa tem cumprido esse objetivo”, frisa. Entre o que os participantes aprendem no Global Management Challenge destaca “o espírito de equipa, as competências adquiridas e a noção da forma como contribuem para o todo.
Colocam ainda em prática a teoria aprendida e acredito que ninguém sai de uma competição destas a perder”.

Jornalista Expresso: Maribela Freitas
Fotógrafa Expresso: Ana Baião

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