in Expresso, 24 de Novembro de 2018
Licínio Pina, presidente do banco, explicou de que forma este contribui para o desenvolvimento das comunidades locais onde está inserido
Um apoio ao desenvolvimento local em especial das regiões rurais onde está mais presente, seja através da criação de emprego ou no suporte ao meio empresarial, é como o Crédito Agrícola se identifica. Neste cenário o banco enfrenta desafios, como a desertificação do interior e a modernização tecnológica.
Licínio Pina, presidente do conselho administrativo executivo da Caixa Central de Crédito Agrícola (CA) foi o convidado de mais uma edição das conversas com sucesso, organizada pela rede Alumnigmc e que se realizou este mês em Lisboa, onde falou sobre “O Crédito Agrícola no panorama da banca nacional”. “Estamos aqui num meio urbano onde o CA é pouco conhecido e quis com esta apresentação que as pessoas soubessem melhor quem é o grupo, a sua missão e posicionamento no mercado português”, explicou o orador.
Criado em 1911 este é um banco cooperativo, o segundo com a maior rede de agências a nível nacional. O seu objetivo é, segundo o seu presidente, “ser o motor de desenvolvimento das comunidades locais”. Nesta frente, explicou, assume-se como banco de proximidade que visa captar poupanças e reinvestir, através da concessão de crédito, essas mesmas poupanças na comunidade local.
Perto de 40% dos seus colaboradores vivem a menos de 10 quilómetros de distância do seu emprego o que faz com que este banco contribua “para o desenvolvimento do emprego e fixação de pessoas no interior”, salientou. Outras ambição é ser reconhecido como o melhor banco a operar nos mercados em que se insere. Mas nem tudo são rosas e também o CA enfrenta desafios.
Um deles e tendo em conta a sua principal área de implantação, o interior, prende-se com a desertificação, nomeadamente a debandada de jovens das zonas mais rurais para os meios urbanos. “É a prazo um problema de rentabilidade e de clientela. E com a geração millennial é necessária mais tecnologia, banca digital e acima de tudo muita eficiência”, explicou Licínio Pina. Apesar da necessidade de tecnologia cada vez mais evidentes, o banco não deixa de dar atenção presencial à população mais idosa, sua cliente.A crise pela qual Portugal passou teve forte impacto na banca. O presidente do CA contou que “fomos dos poucos bancos que não necessitou de apoio para a sua capitalização e desenvolvimento, já que conseguimos fazê-lo com meios próprios porque ao longo dos anos fomos acumulando riqueza que nos permitiu conseguir passar esta crise que tivemos nos últimos anos”.
Jornalista Expresso: Maribela Freitas