In Expresso, 17 de junho 2017
Estudantes de todo o mundo consideram que a competição abre horizontes e pode vir a impulsionar as suas carreiras profissionais
Treino de competências e momento de aprendizagem sobre a realidade que se vive no mundo empresarial são algumas das características que estudantes de cinco países apontam ao Global Management Challenge. Consideram ainda que experiências como esta são uma forma de se mostrarem às empresas e podem vir a ser determinantes no seu futuro profissional.
“Quando terminar o curso de Economia e Finanças quero ser consultor financeiro. O que aprendi na competição sobre gestão irá ajudar-me a fazer um bom trabalho e foi um dos melhores investimentos que fiz em mim”, explica Emmanuel Akaka Okumu que integrou a equipa que venceu a edição de 2016 da prova no Quénia.
Como estudante que é, defende que a competição lhe permitiu aplicar, na prática, a teoria académica aprendida e fazer essa experimentação num contexto competitivo.
É pela componente formativa que Mohamed El Amine Abdelatif, que liderou uma equipa em França, recomenda a competição a estudantes e quadros de empresas. “Participem e façam o máximo para vencer a final nacional e depois disputarem a internacional. Nesse percurso aprendem coisas que podem aplicar no vosso futuro profissional e conhecer pessoas que irão decerto ajudar nas vossas carreiras”, comenta. Está a estudar engenharia industrial e, na sua opinião, o Global Management Challenge permitiu–lhe adquirir mais conhecimentos na área financeira.
Do outro lado do Atlântico, no México, Ana Paula Sandoval salienta que “experiências como este simulador mostram que todas as decisões que tomamos provocam uma reação”.
Não tem dúvidas de que para um jovem é uma iniciativa que dá currículo e, acima de tudo, aumenta o seu saber sobre o funcionamento de um mercado competitivo.
Uma prova que dá currículo
Também Tukasz Kalinowski, que participou na edição polaca do ano passado, acredita que a participação neste desafio pesa no currículo de um estudante que se candidata a um emprego. Entre o que aprendeu realça “o trabalho em equipa desenvolvido, o saber lidar com a pressão, fazer previsões e desenvolver estratégias”.
Aprender a fazer relatórios financeiros, a ponderar problemas logísticos e a prever necessidades futuras das empresas são alguns dos aspetos apreendidos por Rafael Cazazza Ambrósio, brasileiro, líder da equipa campeã no seu país em 2016. Acredita que a prova é um complemento para quem não estuda Gestão, como é o seu caso, sendo aluno de Engenharia de Produção e Metalurgia.
Explica que depois de o Brasil ter ficado em terceiro lugar na final internacional da edição internacional de 2015, este desafio ganhou um novo fôlego.
“A visibilidade aumentou e as empresas interessaram-se mais e quiseram ter mais participantes.
Na minha universidade, a competição não era muito conhecida e agora sou abordado por outros estudantes que querem saber mais e integrar a prova”, finaliza.
Presente em mais de 30 países, esta competição conta já com meio milhão de participantes em todo o mundo.
Maribela Freitas