in Expresso, 28 de Janeiro 2017
Internacionalização tem sido um dos objetivos do Global Management Challenge, iniciativa que está em 33 países.
O lançamento do Global Management Challenge, organizado pelo Expresso e pela SDG, deu-se no verão de 1979. Em 1980 realizou-se a sua primeira edição e esta competição de estratégia e gestão depressa galgou as fronteiras nacionais e espalhou-se pelo mundo. O processo de internacionalização começou no Brasil em 1981 e hoje está em 33 países, Portugal incluído, espalhados por quatro continentes.
“Com o lançamento da 1ª edição em Portugal foi preciso reunir esforços para que o acontecimento fosse um sucesso”, explica Luís Alves Costa, presidente da SDG e fundador deste desafio. No arranque participaram 120 equipas o que foi um sucesso e “surgiu de imediato a ideia da internacionalização, o que na altura era pouco comum, comparado com os dias de hoje”, explica Luís Alves Costa.
O Brasil foi o destino mais lógico para a expansão, pela relação histórica e a língua.
“O nosso atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na altura diretor do Expresso, estabeleceu de imediato contactos com a ‘Gazeta Mercantil’, considerada nessa época o ‘Financial Times’ do Brasil e que assumiu a organização nesse país em 1981″, lembra o presidente da SDG. Entre 1980 e 1990 o GlobalManagement Challenge saiu de Portugal e rumou ao Brasil, Espanha e Grécia.
A chegada à China
Entre 1991 e 2000 foi a vez de França, México, China, Macau, Marrocos e Polónia.
Foram anos de entrada em países estratégicos. Conta Luís Alves Costa: “Sempre me impressionou a máxima de Deng Xiaoping que dizia ‘um país, dois sistemas’, tendo colocado em prática reformas económicas que fariam da China o país com maior crescimento económico do mundo e então pensei se um dos sistemas é capitalista, tínhamos um grande mercado para simular a gestão de um empresa industrial cotada na bolsa de valores.” E estava certo, tendo em conta que este é hoje um dos melhores mercados desta prova onde anualmente competem cerca de duas mil equipas.
Ainda neste período, em 2000, a chegada à Polónia marcou a entrada no Leste Europeu. E entre 2001 e 2010 aderiram a República Checa, Eslováquia, Hong Kong, Roménia, Rússia, Angola, Turquia, Letónia, Gana e Índia. Neste último país a prova desenvolveu-se apenas no seio de uma associação empresarial até que no ano passado foi alargada a todo o território. É ainda de salientar que a Rússia a par com a China é também um dos países com mais equipas inscritas.
De 2010 a 2016 entrou para a rede de países que desenvolvem esta competição a Estónia, Costa do Marfim, Kuwait, Camarões, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Quénia e Senegal. E este ano, Canadá, Cabo Verde, Nigéria, Líbano e Irão vão dar início à sua primeira edição. “A nossa aproximação ao Médio Oriente tem sido um sucesso e a próxima final internacional, que se realiza em abril, vai realizar-se no Qatar”, refere Luís Alves Costa. Alemanha, Austrália, Itália, EUA, Colômbia, Argentina, África do Sul, Indonésia, Cazaquistão e Japão são destinos que a organização tem em mira para uma futura expansão.
Legenda:
CRESCIMENTO O Global Management Challenge começou em Portugal em 1980. Com o Canadá, Cabo Verde, Nigéria, Líbano
e Irão a iniciarem a prova este ano, são 33 os países onde este desafio está presente.
Jornalista Expresso: Maribela Freitas
Infografia Expresso: Rita Isabel Pardal