in Expresso, 15 de Outubro 2016
Ao participar na competição os estudantes colocam em prática conhecimentos adquiridos em sala de aula.
A Escola Superior de Gestão e Tecnologia (ESGTS) do Instituto Politécnico de Santarém encara a participação dos seus alunos nesta iniciativa como um treino adicional de gestão.
Integram a atual edição 11 equipas oriundas desta instituição de ensino e uma delas está a disputar a segunda volta. Desde 2008 que a ESGTS utiliza, numa parceria com a SDG, na unidade curricular de estratégia aplicada em simulador, do terceiro ano da licenciatura em gestão de empresas, um simulador muito semelhante ao do Global Management Challenge.
“Isso prepara e motiva os alunos para participarem na competição nacional”, explica Susana Leal, professora da disciplina. Mas não são só os alunos do terceiro ano que optam por integrar esta iniciativa desenvolvida há 37 anos pelo Expresso e a SDG. Este ano e dos 43 alunos que formam as 11 equipas, há estudantes dos três anos desta licenciatura e recém-licenciados.
Para Susana Leal, “esta prova é um excelente complemento à formação universitária. Permite aos alunos aplicarem na prática conhecimentos e competências adquiridas no curso”.
Durante várias semanas e ao gerirem uma empresa durante cinco trimestres, tomam decisões sobre diversas áreas de uma organização e verificam o impacto que as mesmas têm no todo, num ambiente concorrencial.
Têm ainda a oportunidade de melhorar a sua capacidade de trabalhar em equipa, de aceitar e aprender com as críticas dos outros, bem como aprendem a comunicar de forma mais eficiente e a gerir o tempo e o stress.
Competências para o mercado de trabalho
Para Vítor Costa, diretor da ESGTS, neste processo “os nossos alunos adquirem competências valiosas para o mercado de trabalho e por isso apostamos e continuaremos a apostar neste tipo de competição”. Prova disso é que a relação com o Global Management Challenge dura há já oito anos.
Gabriel Cunha, José Pereira, Rui Garcia e Fernando Oliveira, formam a equipa IEFP/Capitalnow que está na segunda volta. São licenciados da ESGTS e profissionalmente estão ligados a várias empresas. “O simulador é muito aliciante porque não estamos a trabalhar com nenhum produto concreto, logo temos de ser flexíveis e adaptar-nos a diferentes variáveis e estamos num grupo de oito equipas e por vezes somos obrigados a fazer correções mais agressivas à nossa estratégia e a mudar o rumo dos planos iniciais”, explica Gabriel Cunha, líder desta formação.
Mas para enfrentarem este processo contam com os conhecimentos adquiridos ao longo da sua formação académica. “Quase todos os conteúdos do curso podem ser exercidos na prática da gestão empresarial através do Global Management Challenge”, frisa Gabril Cunha.
A participação neste contexto de equipa permite-lhes discutirem ideias, desenvolverem estratégias e planos de ação, trabalharem em grupo e de melhorarem o seu conhecimento sobre o funcionamento de uma organização. É por tudo isso também, para Gabriel Cunha e seus colegas, uma aprendizagem importante para a sua vida profissional.
MANTER A LIDERANÇA
Faltam apenas mais duas decisões para o fim da segunda volta do Global Management Challenge 2016 e as equipas em prova lutam para se manterem no topo do seu grupo, o que lhes garantirá a passagem à final nacional. Após a tomada desta terceira decisão, apenas houve mudança na chefia do grupo 1, todos os outros – como se pode verificar na tabela publicada em anexo -, continuam com a mesma liderança.
A IT Sector e o Instituto de Emprego e Formação Profissional são esta semana as duas organizações com mais equipas no topo de grupos, no total de duas cada. O Instituto Superior de Economia e Gestão, EDP, CGD e o Centro de Investigação Naval contam apenas com uma cada.
Foto: Fernando Oliveira, Rui Garcia, José Pereira e Gabriel Cunha, membros da equipa, com a professora Susana Leal e António Morão Lourenço e Vítor Costa da direção da ESGTS.
Jornalista: Maribela Freitas/Expresso
