in Expresso, 1 de Junho 2013
Eduardo Amaro liderou a equipa nacional que há 14 anos se sagrou campeã mundial da competição e relembra como foi essa experiência.
Macau acolheu em 1999 a final internacional do 1998. No ano em que este território deixou de estar sob administração portuguesa, uma equipa lusa venceu a final internacional desta competição de estratégia e gestão criada há mais de 30 anos pelo Expresso e pela SDG. Além de Portugal participaram no evento o Brasil, Espanha, França, México, República Popular da China, Macau, Alemanha e Marrocos. Foi a última vitória portuguesa neste evento internacional. Eduardo Amaro liderou a equipa nacional e conta que o planeamento e a conceção de uma estratégia acertada, fez a diferença no desempenho.
Em 1998, Eduardo Amaro e mais dois sócios tinham iniciado um negócio próprio, com a aquisição para Portugal dos direitos do franchising da Ciência Divertida. “Já tinha participado no Global Management Challenge e achei que era interessante envolver na competição algumas das pessoas que estavam a trabalhar na implantação do projeto empresarial”, explica. Foi assim que nasceu a equipa IAPMEI-Cindap/Team, formada por Eduardo Amaro, Ana Isabel Tavares e Cláudia Maria Santos que venceu a final nacional.
A ida a Macau
“Quando começámos a competir em Portugal o objetivo já era ir a Macau”, relembra Eduardo Amaro. No contexto internacional tiveram de gerir uma pequena empresa que estava a nascer. “Tinha tudo a ver connosco e apostámos em coisas que estávamos a fazer em Portugal com a Ciência Divertida, nomeadamente em investigação e desenvolvimento (I&D) e numa estratégia de posicionamento com objetivos amédio e longo prazo”, conta o líder da equipa lusa. As opções escolhidas tiveram impacto logo na segunda jogada, altura em que chegaram ao primeiro lugar, tendo mantido essa posição até ao fim. “Confesso que a partir da segunda jogada pensei que poderíamos ganhar. Contudo nas finais internacionais quando as equipas começam a ter maus resultados fazem jogadas ‘doidas’ e por vezes ocorrem surpresas”, refere Eduardo Amaro. Na altura, o México e a República Popular da China foram os principais adversários de Portugal. Para Eduardo Amaro o tempo que a sua formação levou a preparar-se para a final internacional, ainda em Portugal, discutindo estratégias possíveis, fez a diferença. “O tempo das decisões é muito curto e conseguimos dividir bem o trabalho entre nós. Foi um verdadeiro projeto de equipa”, salienta. Focaram-se na I&D e na qualidade dos produtos desenvolvidos.
Segredo do sucesso
O líder da equipa lusa conta ainda que para se ter sucesso nesta competição é necessário perceber o modelo e recolher toda a informação possível. A análise da concorrência é também importante e na altura tinham um elemento da equipa dedicado a este aspeto. Revela também que é necessário ser coerente, pois o mercado reage mal a grandes oscilações.
A edição portuguesa de 2013 do Global Management Challenge começou esta semana. Às equipas que estão a competir Eduardo Amaro aconselha, num ano em que se esta perante uma nova versão do simulador, compreender bem as novas variáveis e de que forma vão influir no resultado do todo. “Há que pensar que a prova é um bom simulacro da vida real”, relembra. Estudar bem a concorrência emanter a estratégia concebida adaptando-a ao cenário encontrado são determinantes.
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