Uma experiência de trabalho em equipa

in Expresso, 2 de Março 2013

Dois investigadores do ISCTE analisaram a ação das formações na prova e a sua capacidade de adaptação à mudança.

A edição de 2012 do Global Management Challenge foi escrutinada por Ana Passos e António Caetano, investigadores e professores do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa. Através de um inquérito que abarcou 300 das 512 formações que integraram a prova, os investigadores analisaram o seu funcionamento e identificaram os principais fatores da sua eficácia.

Este trabalho tem sido realizado em edições anteriores da competição, mas desta vez os investigadores procuraram compreender melhor o papel dos processos de adaptação na eficácia das equipas participantes. “É uma questão crítica não só para as equipas, mas também para as organizações em geral, uma vez que estas são cada vez mais confrontadas com ambientes dinâmicos que requerem melhorias contínuas”, refere Ana Passos. As rápidas mudanças no contexto criam a necessidade de uma constante adaptação por parte das organizações e isso é algo que a prova recria.

Da avaliação realizada, os investigadores verificaram que a adaptação foi crítica tanto para as equipas, que começaram a competição abaixo das suas expectativas, como para as que a iniciaram nos lugares de topo. “A manutenção nos primeiros lugares do grupo exige uma análise cuidada da envolvente, antecipar aspetos críticos da tomada de decisão, resolver problemas de forma criativa e lidar de maneira construtiva com desacordos ou tensões internas”, conta Ana Passos.

Fatores de sucesso
Em resumo, e segundo os investigadores, a liderança, a coordenação explícita entre os membros da equipa, a capacidade de os elementos refletirem sobre o funcionamento da sua formação, a construção de confiança entre os membros e a capacidade de adaptação foram os fatores que mais contribuíram para a eficácia das equipas no Global Management Challenge 2012.

Em contrapartida, o conflito ao nível das relações interpessoais e emoções negativas levou a quebras de eficácia. Para Ana Passos, “a competição é uma excelente ferramenta, pois permite aos participantes aprender a identificar e a otimizar os fatores de sucesso no trabalho de equipa e a minimizar os fatores de fracasso”. Acrescenta que o trabalho em equipa é fundamental para o sucesso neste desafio.

Às formações que vão estar em prova na edição de 2013, Ana Passos deixa alguns conselhos de atuação. É necessário planear as atividades e garantir o processamento contínuo da informação, e deve existir um contacto direto e próximo entre os vários membros. “O chefe de equipa deve assumir o papel de líder e liderar a dinâmica da formação desde o seu início”, aconselha a investigadora.

Lembra ainda que é importante analisar cuidadosamente os resultados obtidos, refletir sobre o funcionamento da equipa e introduzir alterações de melhoria logo nas primeiras etapas da competição.

As inscrições para a edição de 2013 do Global Management Challenge vão estar abertas até finais de Abril. Para mais informações contactar a SDG – Simuladores e Modelos de Gestão, através do telefone 213 157 618 ou correio eletrónico gmc@sdg.pt. Pode ainda consultar o sítio na internet www.worldgmc.com.
Maribela Freitas

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