in Expresso, 18 de Junho de 2011
Fernando Maia, da direção central do Millennium BCP, revela os objetivos por trás do apoio a equipas de quadros e de estudantes
Para Fernando Maia esta competição é um caso de sucesso tanto em Portugal como no estrangeiro
Fernando Maia acredita que se as pessoas tiverem maior qualificação estão mais preparadas para exercer melhor as suas funções e a qualidade do desempenho acaba sempre por se refletir nos percursos profissionais. As três equipas de quadros que o banco apoia no Global Management Challenge provêm de um programa de desenvolvimento interno que se destina a preparar colaboradores para serem responsáveis de sucursal. Nessa formação contactaram com uma simulação de gestão de uma dependência bancária e saíram daí três equipas que integram a atual edição do Global Management Challenge. Nesta competição, organizada pelo Expresso e a SDG há mais de 30 anos, têm de comandar os destinos de uma organização empresarial.
Mostrar a vida real
“A ideia é dar-lhes a sensibilidade para a vida das empresas em mercado aberto. Contactam com os fenómenos que as organizações vivenciam, nomeadamente a concorrência, as consequências das decisões tomadas em relação, por exemplo, à política de preços e de stocks ou à contratação excessiva de recursos ou uma política salarial talvez demasiado generosa”, refere Fernando Maia. Estes conhecimentos absorvidos pelos colaboradores do Millennium BCP neste desafio permite-lhes terem melhor capacidade de se relacionarem com os clientes, sentirem-se mais próximos da realidade que empresários e empreendedores vivem e assim compreender melhor que necessidades têm e de que forma o banco pode corresponder a elas com produtos adequados. “Vão escolher melhor o modo de abordar os clientes e as suas necessidades sendo capazes de definir uma política que cuide da rentabilidade do banco, mas que seja um suporte à vida das empresas”, salienta o diretor central.
A escolha de equipas por parte do banco, tanto as de quadros como de estudantes, foi feita de forma cuidada e para responder a objetivos específicos. As três equipas de estudantes apoiadas pelo Millennium BCP são constituídas por elementos oriundos de programas de retenção de talentos. Nestas ações os jovens são sujeitos a simulações e competições e os que tiveram as melhores classificações foram convidados a integrar este desafio. “Sabemos que são pessoas com muitas qualidades e potencial que nos interessa e desafiámo-las a integrar a prova sob a nossa bandeira”, conta Fernando Maia.
Testar talentos
Os estudantes só têm a ganhar com a passagem pelo Global Management Challenge. “Os jovens que integram os nossos programas de retenção de talentos chegam das melhores escolas, mas carecem de uma vivência empresarial. A prova é uma excelente simulação da vida das empresas em mercado aberto e os estudantes são expostos à cotação, à necessidade de atuar no mercado, aos riscos da decisão, a ter de operar em conjunto. Permite ainda o reforço do trabalho em equipa e sensibiliza para a realidade empresarial”, refere Fernando Maia. Numa avaliação da competição, o diretor central do Millennium BCP comenta ainda que “o Global Management Challenge permite aos participantes perceberem que se está no mercado em relação e não sozinho, existem clientes, competidores e investidores e condições que determinam a vida das empresas num determinando meio”. É portanto um momento de aprendizagem.
O diretor central do Millennium BCP responsável pela gestão de pessoas tem vindo a acompanhar a evolução do Global Management Challenge ao longo dos anos. Grande entusiasta das qualidades desta prova de estratégia e gestão, considera-a um caso exemplar de uma ideia nacional que se internacionalizou sendo um exemplo de como a partir de Portugal se pode ter sucesso, ao longo de vários anos, sem nunca deixar de garantir a qualidade do produto.
Para Fernando Maia, “todos aqueles que participam nesta competição saem dela mais qualificados porque, quer ganhem quer não, foram expostos ao risco, à concorrência, ao processo de tomada de decisão e ao trabalho em equipa. Todas estas competências são importantes para se triunfar na vida empresarial”
Apesar de nenhuma das suas seis equipas se ter qualificado para a segunda volta do Global Management Challenge, agendada para setembro, Fernando Maia não dá o tempo e o empenho colocados nesta experiência como perdidos. Antes pelo contrário.
“Queremos que quadros e estudantes cresçam, aprendam, gostem e se divirtam com a passagem pelo Global Management Challenge”, finaliza o diretor central responsável pela gestão de pessoas do Millennium BCP.
Veja as classificações totais em: https://www.expresso.pt/worldgmc
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“Planeamento, motivação e cooperação são fundamentais”
Marta Sacramento participou no Global Management Challenge em 2007. Integrou uma equipa de quadros da Mercer, empresa onde é atualmente responsável pela área de Human Capital. Da passagem pela competição guarda a aprendizagem realizada com os elementos da sua equipa e a perceção da exigência por trás da tomada de decisão e da incerteza dos seus resultados práticos. “Recordo a grande dificuldade que sentimos em conciliar agendas, arranjar tempo para nos reunirmos e assim dar o nosso melhor contributo”, conta Marta Sacramento. Apesar da sua equipa não ter alcançado um grande resultado na prova, considera que esta foi uma experiência gratificante em termos de planeamento, trabalho conjunto e de aprendizagem face aos conhecimentos e experiências de cada um. Revela que “as reuniões de tomada de decisão eram exigentes em termos de partilha de opinião, análise, debate, gestão de expectativas e de consensos”. Na perspetiva de Marta Sacramento, o Global Management Challenge é uma simulação onde os participantes podem sentir e desempenhar os desafios, dificuldades e a adrenalina inerentes a uma função de gestão, onde é determinante conhecer bem o negócio, acompanhar as oportunidades e as ameaças do mercado, gerir o risco e a incerteza e tomar decisões assertivas, mesmo sob pressão. Às equipas que vão disputar a segunda volta da competição aconselha a serem muito disciplinadas com a gestão do tempo, estudar bem o enquadramento de cada jogada e terem a capacidade de trabalhar em equipa, sabendo quando liderar e quando ser seguidor. Marta Sacramento aponta ainda “o planeamento, a cooperação, o profissionalismo e a motivação como determinantes para o sucesso”.
