in Expresso, 15 de Maio de 2010
Global Management Challenge nasceu de ideia de Luís Alves Costa quando dava aulas de Informática de Gestão
A ideia de criar uma prova de estratégia e gestão partiu de Luís Alves Costa, presidente da SDG, no final dos anos 70. Para avançar com a organização desta iniciativa arrojada, firmou uma parceria com o Expresso.
A primeira edição da competição contemplou 124 equipas. Hoje, este número já vai em 756. Em 1981 este projecto nacional partiu para a internacionalização com a entrada no Brasil e hoje chega a 36 países.
A paixão de Luís Alves Costa pela simulação de gestão empresarial começou quando leccionava Informática de Gestão no ISCEF — actual Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).
Nessa altura, no fim dos anos 70, assistiu à apresentação feita por um grupo de professores da Universidade de Strathclyde, na Escócia. Tinham criado um modelo informático que permitia aos alunos testarem várias soluções para uma empresa e verificar as diferentes consequências das decisões tomadas. “Achei muito interessante e contactei-os para saber se daria para fazer uma competição pública”, conta Luís Alves Costa.
A resposta foi positiva e estavam lançadas as bases desta iniciativa. Faltava apenas dar visibilidade ao projecto e para tal era necessário um parceiro de media. Luís Alves Costa apresentou a ideia a Francisco Pinto Balsemão, presidente da Sojornal (proprietária do Expresso, hoje integrada no grupo Impresa), que ficou cativado. Foi assim que nasceu uma parceria que perdura até hoje. Inovar para vencer
Lembra Luís Alves Costa que “contámos com 124 equipas na primeira edição”. Um número que ao longo dos anos tem vindo a crescer, atingindo hoje 756 formações constituídas por quadros e estudantes. Cada uma destas equipas tem de gerir a sua empresa com o objectivo de obter a mais alta cotação das suas acções na Bolsa.
Para manter a prova estimulante e o mais aproximada possível da realidade, “todos os anos o simulador é actualizado e de cinco em cinco anos é criada uma nova versão”, explica Luís Alves Costa. A SDG e o Expresso, organizadores desta competição, continuam a trabalhar com os professores escoceses. Em conjunto estudam as melhores soluções e as inovações a introduzir no simulador para manterem a liderança perante a concorrência. “Foi assim que as equipas começaram a trabalhar, por exemplo com o euro, antes mesmo de este estar em circulação”, conta o presidente da SDG. Como as boas ideias devem ser partilhadas, em 1981, o Global Management Challenge apostou na internacionalização. Começou pelo Brasil. Depois deste outros países vieram, distribuídos pelos cinco continentes, perfazendo actualmente um total de 36. “Entrámos na China e em Macau em 1995. Ter chegado à China a dizer que queria lançar uma competição de estratégia e gestão foi, de facto, uma ousadia”, recorda Luís Alves Costa.
Dos vários países que desenvolvem esta competição, a China é aquele que representa para o presidente da SDG uma maior vitória.
A expansão fora de Portugal continuou e em 2000 chegou à Polónia, primeiro país do Leste Europeu a aderir ao Global Management Challenge. Nesta zona do globo a expansão tem sido grande. Após a entrada da Polónia veio a República Checa, Eslováquia, Roménia e a Ucrânia. Há quatro anos foi a vez da Rússia. “Fizeram um concurso e nós fomos seleccionados pela grande vertente internacional que já alcançámos”. A entrada de Angola há quatro anos e a recente adesão de Moçambique são mais dois destinos que, pela sua ligação a Portugal, são marcos importantes para a organização da prova.
Lisboa é o centro nevrálgico do Global Management Challenge eéa partir daqui que a rede de países é controlada. O esforço é grande, mas satisfatório, uma vez que esta iniciativa, dentro da sua especialidade, é a maior do mundo no que respeita a países envolvidos.
