in Expresso, 18 de Novembro de 2022
Pedro Godinho e Cláudia Louzeiro, das equipas INCM/FYI e Water Portugal, com José Furtado (AdP), Dora Moita (INCM), Ana Teixeira (equipa Water Team), Jaime Andrez, da Parpública, e João Matoso Henriques, da SDG
Durante a prova, estudantes e quadros gerem uma empresa e neste processo obtêm novos conhecimentos e desenvolvem competências.
A Parpública e as suas participadas Águas de Portugal (AdP) e Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) apoiaram a participação de equipas de estudantes e de quadros no Global Management Challenge 2022. Para estas empresas esta é uma competição formativa na área da estratégia e gestão. Os participantes avaliam esta experiência como um momento de aprendizagem onde obtêm conhecimentos e competências que podem aplicar no seu dia a dia. “Apoiámos uma equipa de estudantes universitários. A nossa escolha representa uma aposta na formação prática de futuros quadros e gestores de empresas”, explica Jaime Andrez, presidente da Parpública. Considera que durante as semanas de prova estes alunos aprendem “sobretudo competências comportamentais num ambiente competitivo, numa experiência próxima de um contexto empresarial e de antecipação da realidade”. Esta equipa, bem como as apoiadas pelas AdP e INCM, integraram a primeira fase da primeira volta da competição que decorreu entre maio e junho deste ano e apenas uma se qualificou para a segunda volta que arranca em dezembro.
Aposta nos quadros
E se a escolha da Parpública recaiu nos estudantes, a da INCM centrou-se numa equipa de quadros. “Esta competição fornece inúmeras ferramentas de trabalho ao nível da análise, monitorização, produção, qualidade e tomada de decisões que podem ser aplicadas e desenvolvidas em inúmeras situações futuras da vida profissional destes quadros”, refere Dora Moita, presidente do Conselho de Administração da INCM em exercício. Acrescenta ainda que “encaramos o Global Management Challenge como uma forma divertida, mas muito didática, em que os quadros são confrontados com situações do dia a dia, num ambiente controlado”.
Também para José Furtado, presidente do grupo AdP, “este formato de competição propicia aos quadros participantes a possibilidade de exercitarem a tomada de decisão em ambiente próximo da realidade, mais diversificado relativamente ao que caracteriza a sua atividade corrente. Permite reforçar competências técnicas e comportamentais, bem como ganhar uma visão mais integrada de uma empresa, compreendendo melhor a interação entre as áreas funcionais, o impacto das decisões na organização e a repercussão no mercado que servem”. Trata-se assim, na sua opinião, de um processo de aprendizagem experiencial que concorre para estimular o desenvolvimento pessoal e profissional dos quadros. Das duas equipas de quadros apoiadas pelas AdP, uma delas, a Water Portugal, vai estar a competir na segunda volta.
A competição fornece ferramentas de análise, monitorização, produção e tomada de decisões que podem ser aplicadas no dia a dia
Ao nível da aprendizagem obtida, Cláudia Louzeiro, líder da equipa Water Portugal, destaca, por exemplo, o reforço do conhecimento de que as decisões parcelares têm influência, tanto na globalidade da empresa, como nos mercados onde esta se insere; a necessidade de garantir o resultado do grupo, em detrimento de sensibilidades pessoais e o equilíbrio entre a assunção de responsabilidades individuais enquanto responsável e consequentemente especialista por um determinado pelouro no momento da decisão e a assunção coletiva das consequências dessas decisões, mantendo sempre a coesão da equipa. Este é o tipo de formação que se enraíza no nosso perfil, aumentando intrinsecamente o leque de ferramentas que teremos ao nosso dispor enquanto gestores de equipas”, salienta. Na segunda volta querem solidificar a aprendizagem obtida, melhorar o seu desempenho e obter o melhor resultado possível.
Novos saberes
A AguasPortugal Water Team não se qualificou para a segunda volta. Mesmo assim, Ana Teixeira, a líder da equipa, faz um balanço positivo desta experiência. “Este exercício permitiu-nos desenvolver competências em áreas importantíssimas numa organização, independentemente do seu modelo de gestão, como a liderança, trabalho em equipa, tomada de decisão em cenário de incerteza e sob pressão e a gestão estratégica. É minha convicção que somos hoje profissionais mais bem preparados, adquirimos e consolidámos competências no domínio da liderança e gestão de equipas, bem como no processo de tomada de decisão, diferenciadoras no contexto da nossa atividade profissional”, frisa Ana Teixeira.
A liderança e o trabalho em equipa são postos à prova neste desafio
Para Pedro Godinho, líder da equipa de quadros INCM/FYI, “todos os dias temos que fazer escolhas que podem afetar o nosso trabalho, mas são poucas as que têm um impacto na empresa tão grande como as desta competição e assim podemos pôr em prática anos de experiência profissional e académica e ver os resultados em tempo real”. Neste processo, comenta, com os seus colegas de equipa, aprenderam novas formas de trabalhar, analisar informação e decidir com tempo e recursos limitados, tal como na vida real, lidando com um mercado rodeado de incertezas e tomando decisões tendo em conta múltiplas variáveis. “Significou não só uma aprendizagem com o processo como também uma partilha de conhecimento que por vezes poderá não acontecer no dia a dia preenchido de cada um”, finaliza Pedro Godinho.
Pedro Pereira, da equipa de estudantes Parpública/Molexobiz, revela que “levamos desta competição um conhecimento nítido e profundo sobre vários conceitos nucleares que foram surgindo no seu decurso. Apesar de não termos tido a classificação desejada, o balanço é sempre positivo quando a experiência é enriquecedora”.
Classificação após a primeira decisão — 2ª fase da 1ª volta
Primeira tomada de decisão
As 127 equipas que competem nesta segunda fase da primeira volta do Global Management Challenge 2022 tomaram esta semana a sua primeira decisão. Deste total de equipas, 121 são formadas por estudantes universitários e seis são compostas por quadros. Para além desta tomada de decisão, enfrentam mais quatro, e no final desse processo as 25 equipas que estiverem no topo dos seus grupos seguirão para a segunda volta. Juntar-se-ão nessa etapa às 32 equipas que já foram apuradas na primeira fase da primeira volta. Após esta primeira decisão, a EDP é a empresa com mais equipas na chefia de grupos, com um total de quatro. Segue-se-lhe a Fidelidade, com três. A REN, Accenture, Esfera Azul, CGD e IDC Portugal contam com duas lideranças cada.
Jornalista/Expresso: Maribela Freitas
Fotógrafo/Expresso: João Girão