Prova estimula qualidades de gestão

in Expresso, 31 de Outubro de 2009

Ana Simões participou neste desafio nos anos oitenta. Da sua passagem recorda o valor desta prova como acção de formação

Ao longo dos 30 anos de existência do Global Management Challenge, já passaram por esta competição milhares de pessoas. Ana Simões é uma delas. Participou nos primórdios da prova e representou Portugal em finais nacionais. Do que recorda realça os conhecimentos adquiridos e a camaradagem que imperou na resolução de problemas e superação de obstáculos. Ana Simões é licenciada em gestão pela Universidade Católica Portuguesa e actualmente lidera a área financeira do centro de serviços partilhados do Grupo Deloitte em Portugal. Em 1982, ano em que pela primeira vez participou no Global Management Challenge — na altura ainda chamado Gestão Global —, a sua equipa ficou em terceiro lugar na final nacional e foi ao Brasil competir com as três primeiras equipas desse país. Por essa altura, estavam as finais internacionais a dar os primeiros passos. Dois anos depois, a sua formação venceu a final nacional e representou Portugal a nível internacional.

“Para uma equipa bastante jovem como a nossa, foi uma enorme emoção e orgulho representar Portugal. Sabíamos que a concorrência seria grande, mas o verdadeiro objectivo era competir e passar por esta experiência”, refere Ana Simões. Conta ainda que as equipas em que participou eram constituídas por colegas e amigos e o que mais recorda foi “o ambiente de permanente camaradagem, apesar de sentirmos uma enorme pressão para as tomadas de decisão”. E acrescenta: “Éramos todos muito empenhados e, apesar da nossa pouca experiência, acreditámos sempre que podíamos atingir um bom resultado”. Olhando mais uma vez para trás, a antiga participante comenta que o que reteve de mais relevante desta experiência, além do espírito de equipa que ultrapassa todos os problemas e resolve todas as situações, foi a consciencialização da importância do processo de tomada de decisão, mesmo quando não se está na posse de todos os dados ou não se tem tempo para os analisar. Acrescenta que, por vezes, as formações têm de se deixar guiar pela intuição, porque esta não é mais do que o produto de todo o conhecimento acumulado e que foi aplicado na decisão, mesmo quando não se consegue explicar objectivamente todos os passos que levaram a seguir um ou outro caminho.
Para Ana Simões, o Global Management Challenge “estimula as qualidades de gestão, nomeadamente espírito de equipa, capacidade de decisão, trabalho sobre pressão, análise da informação disponível e previsão dos passos da concorrência, num ambiente que replica a realidade mas que não tem os riscos de um negócio real”.

Na perspectiva de Ana Simões, a competição é também uma “excelente ferramenta de aprendizagem na qual todas as escolas de gestão deveriam apostar”. Além do factor formativo, o espírito de camaradagem e convívio e o estímulo aos participantes para darem o seu melhor fazem a diferença e têm contribuído para a longevidade desta prova em Portugal e no estrangeiro.

Terminou a segunda volta do Global Management Challenge 2009 e as equipas que estão a liderar os seus grupos, como se pode ver na tabela publicada em anexo, vão disputar a final nacional no próximo dia 11 de Novembro. As oito formações seleccionadas vão ter apenas um dia para tomar cinco decisões e conseguir que a sua empresa seja a melhor, pois só assim obterão o título de campeões nacionais. À luz do sucedido durante a primeira e a segunda voltas da competição, espera-se que a final nacional seja renhida e cheia de surpresas.

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