Professores à conquista da prova

in Expresso, 4 de Junho 2011

Os três docentes de Santarém revelam o que os atrai nesta competição e qual o impacto que esta participação tem na sua vida académica

Filipe Mateus, Susana Leal e Jorge Faria são os três elementos que compõem a equipa Esgtsantarém que integra o Global Management Challenge 2011

A primeira participação da equipa formada pelos três professores do Departamento de Ciências Sociais e Organizacionais da Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém (ESGTS) no Global Management Challenge remonta a 2008. De lá para cá tem sido uma presença constante. Susana Leal, chefe da equipa Esgtsantarém conta que esta experiência auxilia os docentes a ter uma visão mais holística das diversas funções da gestão e a compreender melhor o impacto das decisões. Contribui ainda para os aproximar dos alunos.

Susana Leal é responsável pela cadeira de Teoria das Organizações e pelo jogo de empresa, uma unidade curricular onde decorre em sala de aula uma simulação de gestão com características semelhantes às do Global Management Challenge, facultada pela SDG. Filipe Mateus ensina Introdução à Gestão, Teoria das Organizações e Gestão e Administração Pública. O seu colega de profissão e equipa, Jorge Faria, é responsável pela cadeira de Comportamento Organizacional e diversas unidades curriculares dos mestrados em estão pública e em contabilidade e finanças. “A participação na competição ajuda-nos a desenvolver o pensamento estratégico aplicado à gestão de uma empresa que compete num mercado global. Tem também melhorado as nossas competências interpessoais na medida em que temos de aprender a gerir conflitos, a comunicar eficazmente e a gerir melhor o tempo”, comenta Susana Leal.

Professores vs. alunos

Para estes professores o Global Management Challenge é um momento de formação. Conta a chefe de equipa que ao integrarem a prova conseguem compreender melhor as dúvidas e incertezas que os alunos enfrentam e ficam mais bem preparados para os apoiar. “Permite-nos ver o simulador com os mesmos olhos dos alunos, partilhar experiências adquiridas noutras participações e motivá-los a tentar atingir o primeiro lugar na competição, mesmo quando os primeiros resultados não são tão entusiasmantes”, acrescenta.

Este ano tal como em anteriores, a equipa de professores concorre com formações de alunos da ESGTS. Para Susana Leal ver os professores a participarem tem sido motivador para os alunos e aproximou-os. “Como geralmente competimos em equipas e grupos diferentes podemos trocar opiniões sobre a prova e ensaiar cenários diversificados, salienta a chefe da equipa Esgtsantarém. Existem sempre muitas discussões sobre eventuais decisões, nomeadamente: se será necessário comprar mais máquinas?; se será preferível aumentar o número de turnos?; e se aumentarmos os preços, o que acontece? Para Susana Leal é muito interessante ver as reações dos alunos a estas questões e acompanhar a forma como se vão tornando mais autónomos e maduros no processo de tomada de decisão.

Em jeito de balanço a professora explica que a participação no Global Management Challenge permite aos estudantes aplicarem os conhecimentos adquiridos, a tomar decisões em diferentes áreas funcionais e a ver a consequências que resultam das mesmas. “Os simuladores são ferramentas valiosas para aprender com os erros e tentar corrigi-los no futuro”, salienta Susana Leal.

Nas anteriores edições os professores integraram a segunda volta, sem chegar à final. Estão agora convictos de que reúnem condições para ir mais longe. Para já têm de tomar mais duas decisões para se qualificarem para a segunda volta.

Veja as classificações totais em: https://www.expresso.pt/worldgmc

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“é importante selecionar bem os elementos da equipa”

Joaquim Falcão de Lima, diretor de marketing, desenvolvimento de negócio e suporte a clientes da PT PRO, guarda uma viva memória da sua participação no Global Management Challenge. Corria o ano de 1986 e era na altura estudante de Economia da Universidade Católica e dirigente da AISEC — Associação Internacional de Estudantes de Economia e Gestão. “O simulador era para os alunos universitários uma forma de contacto com o mundo empresarial, numa antecipação interessante e oportuna daquilo que muitos de nós iríamos encontrar uma vez terminada a licenciatura”, conta Joaquim Falcão de Lima.

Na prova testavam competências, punham à prova conhecimentos, afinavam a liderança e contactavam com futuros empregadores. Dessa experiência retirou ensinamentos que têm sido úteis na sua vida e que são, revela, “a aprendizagem de geração de consensos e do processo da decisão multivariável que representa qualquer decisão numa organização”. Há 25 anos, o Global Management Challenge era muito diferente do que é hoje, mas há princípios que continuam a valer. “É importante uma boa seleção dos participantes da equipa. Esta deve ter competências e experiências diversificadas”, explica Joaquim Falcão de Lima. Considera ainda fundamental o espírito de equipa, a boa organização da atividade dos participantes da formação e a criação natural de uma liderança. A entrega ao desafio, estudar bem os mercados, uma dose de bom senso, camaradagem e a capacidade de correr riscos completam o cenário.

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