Uma iniciativa indispensável na vida de um gestor

in Expresso, 29 Julho 2017

A equipa de Paulo Gonçalves Marcos, formada por estudantes, venceu a 9ª edição desta prova, corria o ano de 1988

Com 50 anos e uma carreira profissional feita essencialmente na banca, Paulo Gonçalves Marcos é presidente da direção do Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos Bancários. Formado em Economia e em Gestão de Empresas, é também professor de marketing na Católica Lisbon School of Business and Economics. Estreou-se no Global Management Challenge há quase 30 anos e conta que para uma equipa de estudantes como a sua vencer esta iniciativa foi equiparar-se aos melhores gestores da altura.

A vontade de aprender e o desafio de aplicar conceitos teóricos numa simulação complexa e sofisticada, em ambiente de equipa, foram as principais razões que levaram este alumnigmc a participar neste desafio organizado pelo Expresso e a SDG há 38 anos. Sentia-se atraído pela gestão de empresas e organizações e na altura estava a completar o terceiro ano da licenciatura em economia da Universidade Católica, em Lisboa.

Ambição de vencer

“Recordo-me da ambição de querer vencer a prova, logo na estreia, bem como do plano que desenvolvi para recrutar cinco colegas meus de curso e da metodologia de trabalho e de especialização que seguimos”, revela. O seu objetivo foi concretizado e a sua equipa venceu a 9ª edição da prova, em 1988.

Esse feito foi uma realização para a sua equipa de estudantes, uma vez que “vencer a competição fora apanágio, até então, de gestores com provas dadas ou académicos brilhantes, nunca de estudantes tão novos”.

Para Paulo Gonçalves Marcos este foi um dos processos de aprendizagem mais marcantes da sua vida de adulto. “Posso dizer que foi com o Global Management Challenge que me tornei gestor e isso diz bem do amplo leque de competências que tive de exercitar e desenvolver, muitas delas pela primeira vez. Quase me atrevo a dizer que sem ter passado pela intensidade, stresse, planeamento, gestão de trabalho em equipa e muitos mais elementos que são apanágio desta prova, não existe um gestor de empresas e organizações completo”, frisa.

Desde a altura em que participou o simulador passou por muitas transformações para acompanhar a realidade empresarial e essas mesmas alterações não lhe têm passado ao lado já que tem vindo a acompanhar o desenvolvimento desta iniciativa. Na sua opinião é “um caso de sucesso, interno e externo, verdadeiro embaixador do talento e da capacidade de empreender dos gestores e empresários portugueses”.

Considera ainda que é uma ferramenta indispensável na formação e amadurecimento dos gestores ou candidatos a tal, em todos os cantos do mundo.

Gerir na incerteza

E aqui, tanto estudantes como quadros têm muito que aprender, nomeadamente a aplicar conceitos teóricos em ambientes de grande realismo, de elevada incerteza, com informação imperfeita e grande resposta concorrencial. “Ter que diagnosticar um problema e encontrar soluções, em contexto de elevado stresse, em equipas onde egos e preferências pessoais se manifestam é uma formação complementar indispensável para qualquer candidato sério a ser um gestor de referência”, salienta.

Às equipas que estão a participar nesta iniciativa e face à sua experiência deixa alguns conselhos para terem sucesso.

“Como diria Ernâni Lopes, o sucesso tem apenas sete etapas: estudar, estudar, estudar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar. Ou num registo alternativo: ambição de vencer, constituir uma equipa de talentos e capacidades que se complementem, estudar, modelar e testar exaustivamente”, finaliza.

Jornalista Expresso: Maribela Freitas

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